Nacional
Zulmira Ferreira

Revela a última vez que viu o filho: "Ele estava no chão da morgue"

Sex, 20/01/2023 - 11:00

Zulmira Ferreira revelou mais detalhes da morte do DJ Eddie Ferrer, no dia em que se completou dois meses do dia em que morreu. "A minha vida acabou. Sobrevivo apenas”, escreveu.

O DJ Eddie Ferrer, filho de Zulmira Ferreira, morreu há dois meses, a 19 de novembro, aos 42 anos, depois de ter sofrido um aneurisma. Esta quinta-feira, 19 de janeiro, a mulher de Jesulado Ferreira deixou uma mensagem especial ao filho. “Faz dois meses que a minha vida acabou. Sobrevivo apenas”, escreveu nas redes sociais.

No mesmo dia, de forma a homenagear o filho, Zulmira Ferreira deu uma entrevista a Júlia Pinheiro em que revelou mais detalhes da morte de Eddie Ferrer. Maria Rocha, namorada do DJ, já tinha acusado os médicos da Turquia de negligência médica e garantido que o companheiro “foi assassinado”. Declarações que a comentadora do ‘Passadeira Vermelha’ concordou.

O DJ Eddie Ferrer “sentiu-se mal no aeroporto” mas a família só foi informada mais tarde. “Só me disseram que tinha tido um aneurisma, mas que estava estável. Não foi tratado. Eles esperaram que eu chegasse para pagar a cirurgia que ele precisava de fazer. O hospital tinha a informação toda, documentos, tudo. Nem é negligência, é uma coisa bizarra mesmo. Cruel“, começou por afirmar no ‘Júlia’, da SIC, desta quinta-feira.

"O Eduardo corria risco de vida"

Zulmira Ferreira contou, ainda, que teve de pagar 26 mil euros para o filho poder ser operado, sendo que, afinal, ele acabou por fazer a cirurgia em outra clínica. “Vou para o hospital já com um tradutor contratado. Levou-nos para o hospital e quando cheguei nem queria acreditar. Era uma clínica pequenina, um ambulatório, um centro de saúde. O meu filho estava sedado. Não era o sítio certo. Tentei transferi-lo para um hospital americano e eles não deixaram, que o Eduardo corria risco de vida e não podia sair dali”, começou por contar. 

“A cirurgia seria às 14h depois de ter pago, passou para as 16h, depois para as 17h, depois para as 18h. Qual não é o meu espanto quando vejo o meu filho a sair para uma ambulância para outro hospital do mesmo grupo. Foi 1h30 no trânsito. Não foi médico nenhum na ambulância. Acaba a cirugia e vem novamente quase 2 horas para a outra clínica. Eles não davam notícias enquanto não recebessem o cachet da operação”, contou, reforçando ainda: “Por isso é que digo e não tenho medo nenhum de dizer. O meu filho foi assassinado”.

Apesar de todo o susto, Zulmira Ferreira recebeu a notícia de que Eduardo estava bem, mas tudo mudou. “Na manhã seguinte fomos visitá-lo aos cuidados intensivos e estavam a tirá-lo da sedação. Foi um acordar muito agitado. Percebi que alguma coisa estava ali mal, mas ele sentiu-nos, porque ele chorou quando nós falámos. Sentiu a minha voz e a da Maria [Rocha] (…) Na madrugada ligaram-nos para irmos urgentemente para o hospital, percebi que algo de grave se passou e foi. O meu filho partiu”, contou.

"Ele ainda estava lá se quisesse ter feito a autópsia"

A mulher de Jesualdo Ferreira deixou ainda Júlia Pinheiro chocada ao contar qual a última imagem que tem do filho. “A maneira como trataram o meu filho… É indescritível. A maneira como vi o meu filho… Acho que não se faz isso em país nenhum. Vi o meu filho no chão da morgue, é uma coisa que não tem explicação. Foi a última vez que eu o vi. Não quis autópsia. Só queria trazê-lo… Ele ainda estava lá agora de certeza se quisesse ter feito a autópsia”, garantiu.

Zulmira Ferreira acusa o hospital de negligência médica e já avançou que vai processá-lo bem como à companhia aérea Turkish Airlines. “Tenho os relatórios todos, as conversas todas gravadas, as contradições todas”, disse. 

 

Texto: Carolina Marques Dias; Fotos: Redes sociais

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