Está instalada uma nova polémica na Casa Real Britânica. Os irmãos Harry e William são suspeitos de terem desviado dinheiro de forma ilegal entre as instituições de caridade que detêm.
Como se sabe, quando o príncipe Harry e a mulher Meghan Markle abandonaram os deveres reais, os dois abdicaram da organização Sussex Royal, uma vez que pretendem ser financeiramente independentes da Coroa britânica. O que não era público é que quando os duques de Sussex quiseram fundar a sua marca, em 2018, receberam uma doação de 162 mil euros da Royal Foundation - a organização de caridade da família real britânica, da qual William e Kate fazem parte - para apoiar a mesma e é essa transação que está agora a ser investigada.
Harry e William foram denunciados à Charity Commission, uma organização que regulamenta e controla as instituições de caridade no Reino Unido. A reclamação, feita por Graham Smith, ativista que pede a abolição da monarquia, exige uma investigação pública e formal à transferência feita para a Sussex Royal e a Travalyst, o projeto de turismo sustentável do duque de Sussex.
«É profundamente ofensivo ver falsas alegações sobre o duque de Sussex»
Um porta-voz da Royal Foundation já reagiu às acusões, afirmando que «as subvenções concedidas à Sussex Royal deveriam apoiar o trabalho de caridade do duque e da duquesa de Sussex», acrescentando que tudo foi feito de «forma transparente.»
Também os advogados de Harry declararam publicamente que «é profundamente ofensivo ver falsas alegações sobre o duque de Sussex e o seu trabalho de caridade. É difamatório e insultuoso para todas as organizações e indivíduos. O duque não teve interesse financeiro pessoal no seu trabalho de caridade. O interesse sempre foi claro: apoiar os outros e fazer uma diferença positiva. Sugerir o contrário é inequivocamente errado e agirá de acordo com a lei», afirmam.
Ainda não se sabe ao certo se a investigação vai prosseguir, mas os britânicos não viram com bons olhos a nova polémica que envolve os filhos do herdeiro da coroa de Inglaterra.
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Reuters
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