Internacional
Viúvo Da Duquesa De Alba

Acusado de chantagem

Qui, 22/01/2015 - 20:36

Alfonso Diez não quer problemas. Apesar das notícias
de fazer exigências aos filhos, o ex-funcionário público
não se pronunciou sobre a herança a que tem direito.

Como tudo o que envolvia a vida de Cayetana, também na morte a duquesa de Alba não deixa de ser notícia. Sempre esteve ciente do que a sua riqueza poderia gerar – era uma das mulheres mais ricas de Espanha – na altura de a repartir pelos seis filhos e o marido.

Assim, quando decidiu voltar a casar (com Alfonso) aceitou a proposta dos filhos de dividir, em vida, grande parte do seu património. Assim, 98% de tudo já havia sido herdado. Ficaram a faltar 2% para depois da morte.

Cayetana morreu em novembro de 2014 e, há duas semanas, houve uma reunião no escritório dos atuais advogados e assessores da Casa de Alba. Nessa assembleia estiveram presentes o viúvo, Alfonso Diez, e os seis filhos de Cayetana: Carlos, duque de Huéscar e futuro duque de Alba; Alfonso, duque de Aliaga; Jacobo, conde de Siruela; Fernando, marquês de San Vicente del Barco; Cayetano, duque de Arjona e Eugenia, duquesa de Montoro.

O testamento foi então divulgado, dando a conhecer que o marido, Alfonso, terá direito à parte do testamento obrigatória por lei: um terço do património e usufruto de tudo o que a duquesa deixa. Cayetana deixou escrito que algumas peças de arte seriam para alguns amigos e empregados de longa data.

Porém, a Imprensa espanhola diz que nem tudo são rosas. Os jornais avançam que Alfonso Diez fez algumas exigências aos outros herdeiros da duquesa de Alba, num tom de chantagem.

RUMORES CONTRA ALFONDO DIEZ
Dizem as más-línguas que o viúvo terá abdicado de tudo aquilo a que teria direito no testamento, exigindo em troca um apartamento e uma pensão mensal de seis mil euros. Porém, um dos filhos da duquesa, Fernando, já veio a público desmentir a situação.

“Não é verdade que a minha mãe tenha deixado um apartamento a Alfonso, mas confirmo no que diz respeito à pensão, apesar de nunca ter sido adiantado um valor. Ao Alfonso pertence receber uma quota de 26% e mais nada. É a parte legal e o que diz a lei.

Recorde-se que o casamento entre Cayetana e Alfonso nunca foi visto com bons olhos. A verdade é que, nos últimos dias de vida, a duquesa deixou bem claro que quando morresse pretendia que o marido passasse a receber uma pensão – não superior a três mil euros – para que vivesse sem agonias.

Uma vontade que a duquesa repetiu várias vezes, inclusive na presença de amigos e, consta, terá também deixado escrito esse desejo em cartas, na posse de Alfonso. Carmen Tello, uma das melhores amigas de Cayetana já se pronunciou sobre o assunto, dizendo que existem coisas que são irrenunciáveis, como o facto de um viúvo abdicar dos 26% da herança a que tem direito: “Nem o Alfonso, nem ninguém em seu nome fez qualquer tipo de pedido ou troca”.

O viúvo ainda não fez comentários em público, mas fontes próximas dizem que não é pessoa de entrar em polémicas. Aliás, Alfonso sabe que, se quisesse, poderia entrar com uma ação em tribunal anulando a distribuição do património que Cayetana fez em vida, pressionada para poder casar-se: “Seria uma batalha que nada tem a ver com a personalidade de Alfonso, que é um homem longe de controvérsias e que só pretende viver tranquilo e em paz”, afirma em sua defesa um dos amigos mais próximos do viúvo de uma das mulheres mais excêntricas que a Espanha conheceu, a duquesa de Alba.

Por outro lado, o viúvo só agora decidiu abandonar definitivamente o palácio de Dueñas, em Sevilha, onde sempre viveu com Cayetana. Apesar de se ter retirado oficialmente da residência na época do Natal (regressando para o apartamento de solteiro, em Madrid), Alfonso esteve nos últimos dias na capital andaluza para retirar os últimos pertences e para se despedir dos amigos, algo que aconteceu num jantar que decorreu num dos restaurantes preferidos da duquesa, ao qual foram muitos os que compareceram.

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