O tempo continua quente, mas a época dos espirros e dos resfriados está mesmo aí à porta. Para prevenir as habituais gripes desta altura do ano, o melhor é proteger-se e seguir à risca as recomendações das autoridades competentes. As vacinas contra o vírus já estão disponíveis desde o início deste mês e nem o corte nas despesas hospitalares, provocado pela crise económica em que o País mergulhou, diminuiu a quantidade de doses disponíveis.
“O número de vacinas comercializadas nas farmácias, bem como o número de vacinas para a vacinação gratuita nos Centros de Saúde é idêntico ao do ano passado”, confirma Ana Leça, especialista da Direção-Geral da Saúde. Em Portugal são administrados sete tipos de fármaco e a única diferença entre eles é o nome pelo qual são comercializados. Para quem a toma é recomendada, esta prevenção é gratuita, mas qualquer pessoa pode adquirir a vacina nas farmácias por um preço que varia entre os seis e os oito euros. Ainda segundo Ana Leça, “o número de pessoas vacinadas tem aumentado todos os anos”, o que demonstra uma clara adesão da população à campanha de prevenção da gripe sazonal.
O que é a gripe?
A gripe é uma infeção respiratória contagiosa causada pelo vírus influenza A e B. O vírus é transmitido por uma pessoa doente através das secreções respiratórias, quando esta espirra, tosse ou fala. Uma das características deste vírus é de poder variar a sua estrutura. A infeção atinge todos os grupos etários, todavia as pessoas com idade superior a 65 anos e com patologias crónicas são as que apresentam maior risco.
Quem deve tomar
Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;
Doentes crónicos e imunodeprimidos, com seis ou mais meses de idade;
Grávidas com tempo de gestação superior a 12 semanas;
Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (lares de idosos, designadamente).
Quem não deve tomar
Quem tiver antecedentes de uma reação grave a uma dose anterior da vacina;
Quem tiver antecedentes de reação alérgica a qualquer dos componentes da vacina, nomeadamente aos excipientes ou às proteínas do ovo;
Quem tiver antecedentes de síndroma de Guillain-Barré nas seis semanas seguintes a uma dose anterior da vacina.
Em todos estes casos, a decisão de vacinar deverá ser ponderada, caso a caso, pelo médico de família.
Doenças que requerem especial atenção
Respiratória, como asma, bronquite crónica, enfisema pulmonar
Cardiovascular, como cardiopatia congénita ou hipertensiva, insuficiência cardíaca ou cardiopatia isquémica
Renal, como insuficiência renal crónica ou síndrome nefrótica
Hepática, como cirrose, atresia biliar ou hepatite crónica
Diabetes tipo 1 ou 2
Neuromuscular, com comprometimento da função respiratória, da eliminação de secreções ou com risco aumentado de aspiração de secreções
Hematológica
munodepressão
Infeção por HIV
Asplenia
Doentes transplantados
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