A família Kennedy voltou a ser notícia. Maeve Kennedy Townsend McKean, de 40 anos, neta do ex-senador e procurador-geral dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy (irmão do ex-Presidente John F. Kennedy) e o seu filho Gideon, de oito anos, desapareceram no dia 2 de abril e foram dados como mortos.
O corpo da mulher foi encontrado esta segunda-feira, dia 6 de abril, quatro dias após o seu desaparecimento, a cerca de três quilómetros da casa da mãe de Maeve, Kathleen Kennedy Townsend. Era nesta casa que a família se encontrava em isolamento, devido à pandemia da Covid-19, de acordo com o Washington Post.
Maeve e o filho foram vistos pela última vez a bordo de uma canoa
Maeve Kennedy e o filho Gideon foram vistos pela última vez a bordo de uma canoa, na baía de Chesapeake, o maior estuário do país situado junto à capital Washington.
O corpo de Gideon continua desaparecido mas as buscas serão retomadas esta terça-feira, dia 7 de abril, segundo o Washington Post que cita a polícia do estado de Maryland.
A mãe de Maeve, Kathleen Kennedy Townsend, filha de Robert F. Kennedy, lamentou através de um comunicado o facto de as buscas terem «deixado de ser uma missão de salvamento, para passarem a ser uma missão de resgate dos corpos».
O desaparecimento de Maeve Kennedy Townsend McKean e do seu filho vem «alimentar» a crença popular da «maldição dos Kennedy».
«A maldição dos Kennedy»
Esta crença diz que a família do ex-presidente dos Estados Unidos vive uma série de tragédias desde os anos 1940. A «corrente» de tragédias começou ainda antes de John F. Kennedy ter sido assassinado, em Dallas, no estado do Texas, em novembro de 1963.
Em 1944, Joseph P. Kennedy Jr., irmão do ex-presidente John Kennedy, morreu na explosão de um avião que pilotava durante uma operação aérea secreta na Segunda Guerra Mundial.
Cerca de quatro anos depois, foi Katleen Kennedy que morreu num outro acidente de avião que marcaria a história da família. Kathleen voava do Reino Unido para o sul da França, em 1948, quando a aeronave caiu.
O assassianto de John F. Kennedy
O popular e carismático John F. Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas (Texas). Mais tarde, o ex-fuzileiro naval, Lee Harvey Oswald, foi acusado o autor do assassinato.
Centenas de livros e filmes, como «JFK», de Oliver Stone (1991), alimentaram teorias da conspiração sobre o crime, sugerindo o envolvimento de rivais da Guerra Fria, como a União Soviética e Cuba, a máfia e até o vice-presidente Lyndon B. Johnson.
Robert F. Kennedy foi morto durante a campanha presidencial de 1968, no Ambassador Hotel, em Los Angeles pelo imigrante palestino Sirhan Sirhan. O então candidato foi baleado com três tiros pouco após falar com os seus apoiantes.
Michael Kennedy, o sexto filho de Robbert Kennedy, morreu a 31 de dezembro de 1997, aos 39 anos, num acidente de esqui em Aspen Mountain, no estado do Colorado.
Outras mortes trágicas
John F. Kennedy Jr., a esposa, Carolyn, e a cunhada, Lauren Bessette, morreram num trágico acidente de avião que estava a ser pilotado por Kennedy. Os destroços do avião foram encontrados no oceano Atlântico três dias depois e os corpos, cinco dias depois da queda.
Em 2002, Mary Richard Kennedy, designer de interiores e arquiteta, que foi casada com Robert Kennedy Jr., foi encontrada enforcada na sua casa, em Nova Iorque.
Mais recentemente, a jovem Saoirse Kennedy Hill, neta do líder democrata norte-americano Robert Kennedy, morreu vítima de uma possível overdose, segundo a imprensa dos Estados Unidos.
Em 2011, a filha do senador Ted Kennedy, considerado um ícone do partido democrata nos Estados Unidos, Kara Kennedy morreu após um ataque cardíaco, aos 51 anos, durante um treino de ginásio, em Washington. Antes disso, já tinha superado um cancro do pulmão. Dois anos antes, o pai não tinha resistido a um cancro cerebral.
Texto: Sofia Santos Cardoso; Fotos: Reprodução Facebook
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