Casados à Primeira Vista foi uma experiência na vida de Sónia Bona que acabou por não correr como o esperado. Numa entrevista a Júlia Pinheiro a empresária recorda a infância e revela uma dos momentos mais marcantes da sua vida: a morte do pai.

«A minha família sempre tentou compensar a falta do meu pai. O meu avô é das pessoas mais importantes da minha vida, a pessoa que mais me marca», conta e acrescenta: «A perda muda-nos enquanto pessoa, faz-nos crescer de uma forma diferente. Mas temos de encarar a morte de forma diferente, seria pior o meu pai ver-me morrer».

Além de ter perdido o pai aos oito anos de idade, Sónia cresceu com uma condição clínica, a epilepsia. «Fui diagnosticada com 6 anos, tive a sorte de ser assistida pelo melhor do país. Aos oito anos, com a morte do meu pai agravou».

Sobre os mecanismos que arranjou para combater a doença, Sónia revela: «quando existiu a passagem de idade de adolescente para adulto comecei a sentir que ia voltar a ter ataques de forma mais frequente e a minha forma de combater isso foi empenhar-me em qualquer coisa, focar-me e não me render».

Atualmente, esta condição já não está tão presente. «Faço a minha vida normal, obviamente que quando tenho pontos de tensão reflete-se», confessa, revelando ainda: «quando pensar em ter filhos vai voltar a ser sombra».

Apesar destes acontecimentos marcantes, Sónia partilha que foi preenchendo a ausência do pai. «A minha mãe voltou a casar e o meu padrasto também preencheu essa falta. Mas obviamente que enquanto adolescentes não conseguimos perceber as coisas com tanta clareza», confessa.

«Queria que ele tivesse alguma coisa do meu passado»

No dia em que conheceu João, o noivo que lhe foi atribuído no programa da SIC, Sónia ofereceu-lhe uma fotografia sua em criança e nunca explicou o motivo…até agora.

«O meu pai tinha aquela fotografia na carteira quando morreu. Queria que ele tivesse alguma coisa que fizesse parte do meu passado. É um tesouro», explica. «A intenção era mostrar um pouco do que tinha sido a minha vida até chegar ao dia do casamento e as coisas mais marcantes para mim, como a morte do meu pai», termina.

Texto: Sílvia Abreu/ Fotos: Redes Sociais e Xposed Shine Iberia

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