Nacional
Sofia Fernandes

«Nunca quis ninguém comigo no momento do parto»

Dom, 12/01/2020 - 12:10

Aos 42 anos, Sofia Fernandes cumpre o desejo de ser mãe pela segunda vez.

Sofia Fernandes, repórter da SIC aguarda, serenamente, a chegada da sua bebé, marcada para abril, e revela à NOVA GENTE as mudanças a que esta nova vida obriga e a magia que vive nestes dias.

Porque decidiu optar pela preservação das células estaminais?

É natural que queiramos fazer tudo pelos nossos filhos, por isso optar pela preservação das células estaminais é garantir que, caso sejam necessárias num futuro, elas estarão disponíveis, são um potencial de cura. A medicina regenerativa é sem dúvida um passo revolucionário a que não ficamos indiferentes.

Já tinha tido contacto com esta empresa?

A Bebé Vida já foi a escolha natural quando estava grávida do Sebastião. Já seguia o trabalho e reputação e, felizmente, conseguimos fazer a recolha das células estaminais quando ele nasceu. Visitou os laboratórios do Porto.

Como foi a experiência? O que mais a surpreendeu?

Foi muito bom poder assistir como é feito todo o processo, vendo a uma “distância de segurança“ o trabalho de uma equipa de excelência. Estamos numa área de vanguarda da medicina de investigação e é um privilégio poder perceber um pouco de todo o processo e reconfirmar que fizemos a escolha certa por uma empresa que é absolutamente transparente no seu trabalho.

Marido não quer assistir ao parto da bebé

Pretende que o parto seja natural ou cesariana?

Por indicação médica, também a minha filha nascerá através de cesariana. Na altura do Sebastião correu muito bem e não senti dificuldades na recuperação, por isso só desejo igual!

O José [marido] quer assistir ao parto?

Felizmente, ele não quer assistir, porque conhece-se bem e não estaria confortável, no mínimo caía para o lado – hipersensibilidade a intervenções médicas (risos). Desde sempre também nunca quis ninguém comigo no momento do parto e no do Sebastião também estive sozinha (a minha mãe queria estar e eu não deixei). Acho que vem desde os tempos de criança em que estava doente e queria era estar sozinha “até passar”.

Quais as principais diferenças que sente entre esta gravidez e a do Sebastião?

Em bom rigor, acho que tem sido uma gravidez tão tranquila como a anterior, sem qualquer enjoo. Desta vez tenho um sintoma atípico que não dá jeito nenhum: insónias diárias, o que faz que passe metade do dia a bocejar.

Ainda se sente ativa? Continua a trabalhar?

Mesmo com o sono muito afetado, a energia só sofreu uma pequena redução. Continuo a trabalhar normalmente, a tratar das logísticas caseiras, faço exercício (ligeiro, para ser seguro) três a quatro vezes por semana e consigo fazer quase tudo com o Sebastião – só não lhe pego ao colo desde o início porque já são 19 quilos.

Que mudanças precisou fazer nesta gravidez?

Pelo facto de evitar pegar em pesos, tive de arranjar estratégias para me defender que, às vezes, são trabalhosas: várias “viagens” para carregar sacos de supermercado, convencer o Sebastião a não trepar para sítios mais altos... e cumprir as regras típicas da gravidez!

«Sonhei que era uma menina»

Ficou feliz por ser uma menina? E o pai?

Ficámos muito felizes com a gravidez, o género era mesmo o menos importante. Ele ficou surpreendido porque tinha um palpite que era rapaz; eu sonhei que era uma menina, a contrariar o que eu dizia que ficava feliz com outro rapaz para “idolatrar” a mãe (risos).

Como acha que vai ser enquanto mãe de uma menina? Vai abusar nos lacinhos e vestidinhos?

Acho que vou tentar simplificar. O meu medo com as meninas é o excesso, por isso o plano é alguma sobriedade. Tenho um bocado de “alergia” a avalanches de rosa, purpurinas e unicórnios, porque estou habituada a um rapaz que é um “santo”, não liga a bonecos e as cores preferidas são amarelo e bordeaux.

O Sebastião, com quatro anos, é um menino da mamã. Como acha que ele vai reagir à irmã?

Ele queria uma irmã, o que eu achei surpreendente. É um miúdo muito doce, por isso acho que, apesar dos inevitáveis ciúmes, vai ser carinhoso e protetor.

Ele percebe o que se está a passar? Que perguntas faz?

Explicámos que a irmã estava a crescer na minha barriga, por isso de vez em quando fala com ela e dá festinhas – no princípio sugeríamos que o fizesse porque ela ouvia, agora já o faz naturalmente! Só considera que ainda falta tempo demais para a primavera, data da chegada dela.

Já tem as roupinhas e o quarto preparado?

Ela vai ter um quarto na nossa futura casa que está em construção, por isso só vai acontecer daqui a um ano. A primeira roupa dela já foi escolhida, mas não entrei em grandes loucuras, porque vou aproveitar coisas do Sebastião e roupas amorosas que amigas me vão emprestar.

Teve de adaptar a casa?

Vou ter de adaptar, mas ainda não comecei esse processo. Em janeiro começo a preparar o nosso quarto para a chegada dela, no fundo é lá que vai dormir durante bastante tempo, não a posso pôr com o Sebastião para não destabilizar as rotinas já adquiridas.

Texto: Eucine Gaspar; Fotos: Instagram

Siga a Nova Gente no Instagram