Internacional
Simone

'O tempo fez-me bem à voz'

Sex, 01/04/2011 - 17:27

Se, nos anos 80, Simone usou a voz contra a ditadura, hoje, aos 61, acredita que o maior combate é a favor do amor. Em Abril, canta no Porto e em Lisboa.

Simone regressa a Portugal este mês e para abrir o apetite aos portugueses, deu uma entrevista à NOVA GENTE onde falou sobre a luta contra a ditadura, a sua evolução como cantora e a cultura no Brasil.

Qual o pretexto para regressar a Portugal e actuar a 10 (Porto) e a 12 de Abril (Lisboa)? Um novo álbum? Fale- -nos dele...
Em 2009, estreei a tournée Em Boa Companhia. Este show tem como base as canções do meu último disco de inéditos – Na Veia, também lançado em 2009 –, além de sucessos da minha carreira e músicas inéditas na minha voz. Já faz dois anos que estou em digressão com este espectáculo e a reacção do público é sempre maravilhosa. Os portugueses assistirão a um show aperfeiçoado por todo este tempo de estrada.

A sua voz ficou associada a canções que marcaram o fim da ditadura no Brasil, à libertação feminina. Nos anos 70 e 80, era uma jovem politizada, interessada em mudar o Mundo. Como se revê ao recordar esses tempos?
Eu sempre fui muito atenta a tudo o que acontece à minha volta. Quando se é muito jovem, tem-se a ilusão de que se pode mudar o Mundo. Conforme o tempo passa, percebemos que, se cada um se preo­cupar em melhorar aquilo que o cerca, isto sim, pode mudar o Mundo a uma escala planetária. Na época da ditadura, além de cidadã, eu sentia uma responsabilidade ainda maior, pois, como artista, meu discurso atingiria muito mais gente. Esta preocupação era muito latente em meu trabalho, sim.

Aos 61 anos, falta alguma coisa na sua vida?
Nada. Só gostaria de ver um mundo mais harmonioso e afectuoso, sem miséria e violência.

Leia a entrevista completa na edição desta semana, já nas bancas.

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