Sara Sampaio está ser investigada pelo Ministério Público (MP). Em causa está uma publicação que a modelo protuguesa fez nas redes sociais contra André Ventura, bem como um tweet do deputado do PS Eduardo Barroco de Melo que acusa Tiago Mayan Gonçalves de negócios familiares.
O facto de as publicações terem sido feitas no dia anterior às eleições presidenciais (dia de reflexão em que não é permitido fazer campanha). A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou que a modelo e o deputado socialista violaram o dia de reflexão e fizeram “propaganda depois de encerrada a campanha eleitoral”, tendo havido indícios de “prática ilícita” em relação à Lei Eleitoral do Presidente da República, avança o jornal I.
Sara Sampaio e Eduardo Barroco de Melo arriscam pagar multa entre 2,49€ e 24,94€
No caso de Sara Sampaio, tratou-se de uma fotografia publicada em várias redes sociais (entre as quais o Twitter) do boletim de voto, onde a modelo tapava propositadamente, com uma caneta, o nome e a foto de André Ventura. A CNE admite que a interpretação possa ser “controversa”, mas conclui que existe uma “clara intenção em influenciar sentido de voto”. André Ventura disse àquele jornal que espera que “Sara Sampaio aprenda a viver em democracia” e que a atitude da modelo teve uma “enorme falta de cultura democrática”, tendo surgido “no seguimento de coisas muito baixas” que escreveu nas redes sociais sobre o deputado e o Chega. “Estas vedetas, às vezes, começam a viver numa bolha”, acusa. Veja na galeria as publicações da modelo a que se refere Ventura.
Já votei! Super rápido! pic.twitter.com/4xoDJJFEMy
— Sara Sampaio (@SaraSampaio) January 24, 2021
Já em relação a Eduardo Barroco de Melo, o motivo do inquérito é resultado de num tweet publicado no sábado antes das eleições em que o deputado alegava que Tiago Mayan Gonçalves trabalhava na empresa da mãe. Ao jornal, o socialista disse não ter sido ainda “notificado” pelo MP, mas salientou não “vislumbrar qualquer ilícito criminal”. No entanto, segundo a CNE, a publicação do deputado “visava atingir diretamente um candidato” presidencial Tiago Mayan Rodrigues.
E quando a @LiberalPT falava da família socialista e dos primos e o @LiberalMayan dizia que neste país só singrava quem tinha cartão do PS? pic.twitter.com/Oqu5dzz8wY
— Eduardo Barroco de Melo (@ebarrocomelo) January 23, 2021
A Comissão argumenta que o “dever de respeito pelo período de reflexão implica a abstenção da prática de atos de propaganda por qualquer meio” e que isso “inclui qualquer ato, mesmo que não destinado à eleição a realizar”. Sara Sampaio e Eduardo Barroco de Melo arriscam uma pena de prisão até seis meses e o pagamento de uma multa entre o 2,49€ e os 24,94€.
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