Nacional
Sara Prata está completamente em choque

Atriz assume-se: «Chocada com o abuso cometido e com o engano»

Qui, 11/04/2019 - 17:29

Sara Prata mostrou-se indignada ao assistir à segunda parte da investigação do programa Alexandra Borges sobre o esquema milionário que enganou centenas de pais e crianças com falsos castings

A segunda parte da investigação do programa Alexandra Borges sobre o esquema milionário que enganou centenas de pais e crianças com falsos castings foi apresentada esta quarta-feira, 10 de abril, na TVI.

Entre um vasto painel de convidados estavam as atrizes Sara Prata e Rita Salema e o ator e ex-formador da Netgold João Boneviile. Depois de ouvir os testemunhos de pais e jovens aspirantes a atores, que falaram sobre como foram enganados, Sara Prata mostrou-se «incrédula».

«A vossa reportagem é altamente perturbadora para mim», começa por dizer o rosto da TVI. «Estou bastante nervosa com todo este assunto. Acho que todos nós, que levamos esta profissão com o maior respeito e profissionalismo, estamos completamente... nem consigo encontrar palavras», conta Sara Prata, revelando que estudou teatro desde os 15 anos, numa escola profissional.

Para terminar, Sara Prata deixa um pedido aos jovens que tencionam entrar no mundo da representação. «Por favor, não acreditem em promessas. Quantos nãos eu ouvi antes de começar aqui?», recorda. E acrescenta: «A Plural e a TVI são entidades de grande respeito. Ali dentro, nós passamos horas de trabalho duro com uma equipa extraordinária, onde tudo é levado com o maior respeito. Eu fico altamente perturbada a pensar que, se calhar, muitos da figuração à minha volta foram enganados. Só de pensar que já me cruzei com muitas pessoas que foram enganadas com a falsa promessa de que podiam ser atores, é horrível.»

No Instagram, a atriz voltou a chamar a atenção para este negócio enganador. Sara escreveu: «Chocada com o abuso cometido e com o engano, incrédula com o uso de imagens que nem se sabe onde estão e para que serviam. Informação, por favor informem-se sempre, muito e até ficarem tranquilos. Este meio já é tao difícil de conseguirmos trabalho ao longo da carreira». 

 «Fui abordado por um realizador desta casa»

João Boneviile é ator e ex-formador da Netgold e conta como tudo funcionava do lado de dentro da empresa. «Fui abordado por um realizador desta casa, com quem trabalhei, e, quando me foi apresentado todo o projeto e vi o leque de pessoas que estavam envolvidas, confiei cegamente. Eram pessoas credíveis aos meus olhos», começa por explicar, alegando que da sua parte todo o trabalho era feito de forma «séria».

«Fui contratado para dois tipos de trabalho. Primeiro, castings, ou seja, avaliava os castings. O segundo trabalho era dar formações a pessoas que tinham passado nos castings, não obrigatoriamente feitos por mim, com o intuito de agarrar talentos e fazer séries produzidas pela Netgold», explica.

A dúvida sobre a legitimidade do negócio surgiu devido a algumas situações que testemunhou. «O que é facto é que eu via pessoas que não tinham capacidades que, depois, mais tarde, me apareceram na minha última formação. Tenho aqui, inclusivamente, fichas de avaliações que fiz a essas mesmas pessoas e que nunca, nunca sequer me foi pedido qualquer documento que tenho aqui na minha mão», conta.

O diretor de castings da Plural, Paulo Ferreira, foi suspenso do cargo devido a suspeitas no envolvimento dos casos de falsos castings.

Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais; Fotos: Impala e reprodução Instagram

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