Nacional
Sara Carbonero internada

Hospital emite boletim médico sobre a operação

Qua, 22/05/2019 - 15:52

Sara Carbonero foi operada esta terça-feira, 21 de maio, a um tumor maligno nos ovários

Sara Carbonero foi internada esta terça-feira, 21 de maio, no Hospital Ruber Internacional, em Madrid, para a remoção de um tumor malgino nos ovários. A notícia, foi avançada pela própria ao final da tarde desta terça-feira, através das redes sociais.

«Quando ainda não tínhamos recuperado de um susto, a vida surpreendeu-nos novamente. Desta vez, tocou-me aquela palavra de seis letras que ainda me esforço para escrever. Alguns dias atrás, num check-up, os médicos encontraram um tumor maligno no ovário e eu já fiz uma cirurgia. Tudo correu muito bem, felizmente, nós encontramos a doença muito cedo, mas ainda tenho alguns meses de luta enquanto continuo a fazer o tratamento correspondente», revelou. «Estou tranquila e com a confiança que tudo vai sair bem. Eu sei que a estrada será difícil, mas que também terá um final feliz», acrescentou.

No entanto, esta quarta-feira, 22 de maio, o hospital onde Sara foi operada emitiu um comunicado onde revela o estado de saúde da mulher de Iker Casillas

«Esta terça-feira, 21 de maio, entrou no Hospital Ruber Internacional, a senhora Sara Carbonero Arévalo. Foi submetida cirurgicamente pela equipa de ginecologia oncológica para a extração de um tumor nos ovários com êxito e sem incidências. A alta médica está prevista para os próximos dias, caso não existam complicações. Durante os próximos meses continuará o tratamento médico até à sua completa recuperação.»

Esta alteração na saúde da jornalista espanhola acontece no mesmo mês em que Iker Casillas foi também internado após ter sofrido um enfarte do miocárdio enquanto treinava pelos Dragões e que o obrigou a ser internado durante vários dias na Cuf do Porto.

Como prevenir o cancro nos ovários?

Diversas sociedades científicas alertam para a importância do teste genético na prevenção e tratamento do cancro do ovário, uma doença que matou mais de 400 mulheres em Portugal em 2018.

«Impõem-se fazer o rastreio genético pois este teste, obrigatório para quem é tratado, se for positivo, é obrigatório encaminhar para consulta de genética médica os familiares em risco de poderem herdar essa alteração, porque esses, que não têm doença, têm de fazer medidas de vigilância e redutoras de risco para evitar que venham a tê-la», considera Gabriela Sousa, da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).

A médica oncologista sublinha ainda: «Se até há pouco tempo [este teste] não tinha impacto no tratamento, hoje em dia há medicamentos que foram desenvolvidos no sentido de beneficiar um grupo de mulheres que é pequeno, que são quem teve cancro do ovário e tem esta mutação genética.»

Em 2018, surgiram em Portugal 574 novos casos de cancro do ovário e morreram 412 mulheres com a doença.

Apesar de apenas 1,3 por cento das mulheres na população em geral virem a desenvolver cancro do ovário ao longo das suas vidas, a predisposição genética é um importante fator de risco para o desenvolvimento deste tumor.

Num comunicado conjunto, a SPO, as sociedades portuguesas de Ginecologia, Senologia e Genética Humana, a Liga Portuguesa contra o Cancro e a Evita – Associação de apoio a Portadores de Alterações nos Genes relacionados com Cancro Hereditário recordam que cerca de 44 por cento das portadoras de mutações patogénicas no gene BRCA1 e cerca de 17 por cento das portadoras de mutações patogénicas no gene BRCA2 vão desenvolver cancro do ovário até aos 80 anos.

Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais; Fotos: Impala e Reprodução Instagram

Siga a Nova Gente no Instagram