Rui Pinto, criador do Football Leaks e autor das revelações do caso Luanda Leaks, que estava em prisão preventiva desde 22 de março de 2019, foi colocado, esta quinta-feira, dia 9 de abril, em prisão domiciliária, indicaram os advogados à agência Lusa.
«Na presente data, foi revogada a medida de coação de prisão preventiva aplicada a Rui Pinto, tendo o mesmo abandonado já as instalações do estabelecimento prisional anexo à PJ [Policia Judiciária]. Rui pinto encontra-se agora sujeito à medida de obrigação de permanência na habitação, cumulada com a proibição de acesso à internet, sob responsabilidade da Polícia Judiciária», refere um comunicado enviado à Lusa pelos advogados William Bourdon, Francisco Teixeira da Mota e Luísa Teixeira da Mota.
A 17 de janeiro, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu levar a julgamento Rui Pinto por 90 crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão, mas deixou cair 57 dos 147 crimes pelos quais o arguido havia sido acusado pelo Ministério Público (MP).
«Doa a quem doer, custe o que custar»
Joana Amaral Dias já expressou o seu parecer em relação à prisão domiciliária de Rui Pinto.
«No meio do monotema pandemia, uma boa notícia- Rui Pinto solto e a colaborar com a polícia judiciária. Imagino que muitos poderosos ontem, ao saber disto, até tremeram. Ainda bem. Finalmente. O denunciante já tinha trabalhado em parceira com a Alemanha, a Holanda ou a França, por exemplo, e só o seu próprio País é que estava a tratá-lo como um criminoso enquanto os verdadeiros psicopatas de colarinho branco continuam soltinhos por aí. Agora esperemos que o Rui Pinto seja mantido em segurança e que toda a investigação vá até ao fim, doa a quem doer, custe o que custar.»
Bruno de Carvalho também festejou «mais uma excelente notícia!».
«Rui Pinto saiu de prisão preventiva para começar a colaborar com a PJ. Eu avisei que depois dos processos LEX e FORA DE JOGO ia tudo mudar, e agora foi dado mais um passo decisivo para se começar a fazer JUSTIÇA!»
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