Nacional
Rosa Grilo

Filho da arguida bloqueou os números de telefone dos familiares maternos

Qua, 12/02/2020 - 21:20

«O Renato ainda chegou a atender a alguns familiares, mas depois de saber quem eram bloqueou os números», diz Rosa Grilo

Depois de enviar cartas, Rosa Grilo sentiu a necessidade de ser ouvida de uma outra maneira. Assim, a  a arguida no caso da morte de Luís Grilo telefonou ao programa Linha Aberta da SIC, a partir da prisão de Tires, onde, para além de colocar em causa a investigação, falou sobre o filho e sobre o facto de este se ter afastado da família materna.

 

«O meu filho não cortou só comigo e com os meus pais, cortou com toda a minha família. Cortou contactos com todos, madrinha, tias-avós, primas, amigos, etc. A minha afilhada, que é também madrinha do Renato, costumava ligar ao filho da Belinha, mas ele deixou de lhe atende o telefone», disse.

Desde julho que Renato não visita a mãe ou lhe atende as chamadas. Os pais da arguida alegam que o adolescente está a ser influenciado por Júlia Grilo, mas o advogado do adolescente nega. 

«A decisão [ de não visitar Rosa Grilo ] é da inteira vontade do Renato. Ele não visita a mãe por razões que só a ele dizem respeito. A partir de Julho, Agosto. Mas esta decisão está reflectida no relatório social que está juntos aos autos no processo tutelar no tribunal de menores de Vila Franca de Xira,  onde o Renato, a certa altura, afirma que não gosta de imposições. E que tanto a visita à mãe como aos avós é quando lhe apetecer, com estes termos. O Renato não se sujeita e não se quer sujeitar a que sejam outros a impor lhe a decisão», refere o advogado.

Só que para além de não atender as chamadas, Renato ainda bloqueou os números para que não seja possível ligarem-lhe. «O Renato ainda chegou a atender a alguns familiares, mas depois de saber quem eram bloqueou os números», disse Rosa Grilo naquela chamada.

Julgamento de Rosa Grilo e António Joaquim prossegue em 18 de fevereiro

A leitura do acórdão esteve marcada para 10 de fevereiro, mas acabou por ser adiada nesse dia depois de o tribunal de júri (além de três juízes, foram escolhidos quatro cidadãos -- jurados) ter procedido à «alteração não substancial» de factos constantes da acusação do Ministério Público (MP).

Na acusação, o MP atribui a António Joaquim, entretanto posto em liberdade, a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, que se mantém em prisão preventiva, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, na localidade de Cachoeiras, Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa).

Acompanhe todos os detalhes do caso que chocou o país aqui

Texto: Marta Amorim com Lusa; FotoS: Impala e DR

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