Nacional
Rogério Samora

"Estava eufórico". Ator tinha várias propostas de trabalho antes de ser internado

Seg, 30/08/2021 - 20:35

Rogério Samora estava muito feliz com o 'seu' Cajó, na novela "Amor, Amor", da SIC, e considerava estar na melhor fase da sua carreira. Primo do ator revela que este estava cheio de trabalho.

Rogério Samora tinha várias propostas de trabalho em cima da mesa, na altura em que sofreu uma paragem cardiorrespiratória, a 20 de julho. Segundo o primo, Carlos Samora, o ator estava muito feliz com a personagem Cajó, a que dava vida na novela "Amor, Amor", da SIC, e considerava mesmo que "estava no pico da sua carreira".

“Tinha muitas outras propostas… Nada fazia prever que isto fosse acontecer. Foi muito inesperado”, disse Carlos, em declarações a uma publicação semanal, sobre o primo, que continua com o prognóstico reservado e em estado muito grave. Apesar de tudo, refere o familiar de Rogério Samora, a família mantém a esperança na recuperação do ator. No entanto, tem medo da sua reação ao acordar e perceber que pode ficar com sequelas permanentes.

“Está tudo na mesma. Não está fácil, já passou muito tempo, mas vamos ser otimistas. Enquanto os médicos nos continuarem a dizer que a recuperação é possível, temos de acreditar e manter a esperança”, disse ainda à TV Guia, acrescentando ainda: “Acho que ele não vai querer viver incapacitado. Da forma como o conheço, se isso acontecer, vai ser de uma revolta enorme e vai ser muito complicado”.

Médico explica como será a recuperação de Rogério Samora

Rogério Samora está em coma há mais de um mês e, caso recupere, tem pela frente uma longa jornada. De acordo com o neurocirurgião Bruno Lourenço Costa, o caso do ator “é uma situação grave e temos de apontar sempre para um tempo de recuperação longo”.

O clínico explicou à mesma revista que, nestes casos, é sempre necessário “que seja capaz de respirar sozinho, de uma forma eficaz”. E acrescentou: “A circulação também tem de funcionar da mesma forma eficaz. Estando as funções vitais restabelecidas, existem condições para sair do coma e avançar para uma vida autónoma”.

O médico sublinhou ainda que a recuperação física também não será fácil. “Um mês nos cuidados intensivos, ventilado, em coma, por si só produz algumas alterações: muita perda de força muscular, as pessoas não conseguem caminhar sozinhas… Mas são consequências que revertem”, disse, completando: “É um trabalho extremamente exigente. Tem de se contar com um ano ou mais. É sempre muito tempo.”

Texto: Dúlio Silva e Patrícia Correia Branco; Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais

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