Rogério Samora tinha várias propostas de trabalho em cima da mesa, na altura em que sofreu uma paragem cardiorrespiratória, a 20 de julho. Segundo o primo, Carlos Samora, o ator estava muito feliz com a personagem Cajó, a que dava vida na novela "Amor, Amor", da SIC, e considerava mesmo que "estava no pico da sua carreira".
“Tinha muitas outras propostas… Nada fazia prever que isto fosse acontecer. Foi muito inesperado”, disse Carlos, em declarações a uma publicação semanal, sobre o primo, que continua com o prognóstico reservado e em estado muito grave. Apesar de tudo, refere o familiar de Rogério Samora, a família mantém a esperança na recuperação do ator. No entanto, tem medo da sua reação ao acordar e perceber que pode ficar com sequelas permanentes.
“Está tudo na mesma. Não está fácil, já passou muito tempo, mas vamos ser otimistas. Enquanto os médicos nos continuarem a dizer que a recuperação é possível, temos de acreditar e manter a esperança”, disse ainda à TV Guia, acrescentando ainda: “Acho que ele não vai querer viver incapacitado. Da forma como o conheço, se isso acontecer, vai ser de uma revolta enorme e vai ser muito complicado”.
Médico explica como será a recuperação de Rogério Samora
Rogério Samora está em coma há mais de um mês e, caso recupere, tem pela frente uma longa jornada. De acordo com o neurocirurgião Bruno Lourenço Costa, o caso do ator “é uma situação grave e temos de apontar sempre para um tempo de recuperação longo”.
O clínico explicou à mesma revista que, nestes casos, é sempre necessário “que seja capaz de respirar sozinho, de uma forma eficaz”. E acrescentou: “A circulação também tem de funcionar da mesma forma eficaz. Estando as funções vitais restabelecidas, existem condições para sair do coma e avançar para uma vida autónoma”.
O médico sublinhou ainda que a recuperação física também não será fácil. “Um mês nos cuidados intensivos, ventilado, em coma, por si só produz algumas alterações: muita perda de força muscular, as pessoas não conseguem caminhar sozinhas… Mas são consequências que revertem”, disse, completando: “É um trabalho extremamente exigente. Tem de se contar com um ano ou mais. É sempre muito tempo.”
Texto: Dúlio Silva e Patrícia Correia Branco; Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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