Foi o antigo líder do Grupo Espírito Santo quem arrolou o ex-primeiro-ministro como testemunha na instrução da queda do banco. Pedro Passos Coelho acabou por ser ouvido, à porta fechada, durante mais de duas horas, no dia 30 de junho.
O ex-primeiro-ministro social-democrata contou ao juiz Ivo Rosa as conversas que manteve com Ricardo Salgado, quando o antigo líder do Grupo Espírito Santo lhe pediu ajuda para salvar o BES, afirmando que o ex-banqueiro estava desesperado. Em causa estava um pedido de empréstimo de dois mil milhões de euros da Caixa Geral de Depósitos, para fazer face à tesouraria do banco, que acabou recusado por Passos.
A defesa de Salgado insistiu sobre se a medida de resolução do banco se deveu a uma decisão política, porém o antigo chefe de Governo negou com veemência essa “hipótese”, justificando que a decisão tomada pelo Banco de Portugal apenas pretendia garantir a estabilidade do sistema financeiro.
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Texto: Neuza Gomes; Fotos: Zito Colaço
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