Ricardo Araújo Pereira, de 45 anos foi a mais recente contratação de Daniel Oliveira. Cristina Ferreira celebrou, esta terça-feira, dia 7 de janeiro, o primeiro aniversário do programa com que toda a vida sonhou e o humorista foi o último convidado a ir a sua casa.
Casado há mais de 20 anos, desde 1998, Ricardo Araújo Pereira é da opinião que o segredo para manter um casamento feliz é «não falar com a outra pessoa». «Quanto mais se comunica mais desentendimentos há. Eu não digo nada desde 1999», afirmou, em jeito de brincadeira.
Redes sociais não é com ele, por questões de saúde, e avaliar a beleza masculina muito menos. Segundo o humorista regressar à SIC não foi uma decisão complicada e o próprio explicou. «Cristina, tu vieste à frente para ver se a àgua estava boa e depois telefonaste-me e eu vim», esclareceu, em tom irónico.
«Só não faço mais coisas a quatro porque a minha mulher não deixa»
Ricardo Araújo Pereira está na estação de Paço de Arcos, mas levou com ele toda a sua malta com quem trabalhava na TVI. «Eu sempre trabalhei em grupo. Quase sempre em grupo de quatro. No Gato Fedorento éramos quatro, no Governo Sombra também. Só não faço mais coisas a quatro porque a minha mulher não me deixa», contou, deixando Cristina Ferreira perdida de riso.
Falar sobre a vida privada é algo que não gosta de fazer. O humorista é da opinião que o «impacto da fama é bruto» e, por isso, prefere manter a profissão e a vida pessoal em dois patamares diferentes. Quando questionado sobre as filhas, Ricardo admitiu que a adolescência «é terrível» e, com o seu tom irónico, contou que elas não têm «necessariamente orgulho» em serem filhas dele.
«A minha filha mais nova ia fazer uma peça no colégio e uma colega viu-me e disse-lhe: 'olha, olha sabes quem está ali?' Ela olhou e disse-lhe: 'Ah, é o meu pai'. E eu disse à minha filha: 'como é que tu andas há 12 anos naquele colégio e não contaste que eras minha filha?», contou.
Dona Adélia - a figura que marcou a infância de Ricardo Araújo Pereira
A dona Adélia, avó de Ricardo, é uma figura que marcou a sua infância e não existe um dia em que não se lembre dela. «Eu não me importo de falar da minha avó porque ela já não está cá para ser incomodada. A minha avó tinha alguma resistência às coisas que eu dizia porque ela sabia que não era para ser levado a sério. Ela odiava os comunistas e sempre que faltava a luz, na hora da novela, ela achava que a culpa era deles. Aos 23 anos inscrevi-me no Partido Comunista e fui o pior militante porque a melhor coisa que fiz foi fazer panados na festa do Avante», contou, entre risos.
Quando a avó soube que Ricardo estava no PCP ficou uns segundos calada, mas depois disse: «mas ele é bom rapaz», concluiu.
Texto: Carolina Sá Pereira; Fotos: Reprodução Instagram e DR.
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