Nacional
Renato Seabra

"Deixei de ser gay"

Qui, 11/10/2012 - 11:10

Vanda Pires, amiga de Carlos Castro, foi a primeira testemunha a depor em tribunal.

Na segunda sessão de julgamento de Renato Seabra no Tribunal de Nova Iorque, Vanda Pires, amiga de Carlos Castro que trabalha num jornal de New Jersey, foi chamada a depor.

Até uma certa altura, Renato dava comida à boca a Carlos Castro. De todas as vezes que nos encontrámos, eles partilhavam comida entre eles.

Era uma relação normal e feliz”, declarou a amiga do cronista social à procuradora Maxine Rosenthal, advogada de acusação.

Vanda Pires ainda contou alguns pormenores dos dias passados em Nova Iorque, em que ela acompanhou o manequim e Carlos Castro.

Entre outras coisas, a portuguesa a trabalhar nos Estados Unidos levou o casal a um centro comercial muito conceituado onde o jornalista comprou ao jovem um relógio e um creme facial, roupas de bebé para o sobrinho que haveria de nascer e até sapatos para a mãe do manequim, Odília Pereirinha.

Carlos Castro também levou Renato Seabra a várias agências nova-iorquinas para tentar conseguir alguns trabalhos de moda.

Vanda Pires contou ainda ao tribunal que um dia de manhã, quando se foi encontrar com ambos no hotel, tudo parecia ter mudado.

Pela cara dele, eu percebi que alguma coisa não estava bem. Renato saiu mais cedo e penso que terá ido encontrar-se com raparigas.

Eles estavam zangados. Percebi que havia ali uma espécie de fricção”, contou ao juri.

De acordo com informações reveladas por Vanda Pires, Castro ter-lhe-á telefonado no dia seguinte e contado que de facto tinham discutido a noite inteira:

Ele (Carlos Castro) começou a ficar com medo do Renato, que não parava de dizer Já não sou gay””.

De acordo com declarações da portuguesa amiga de Castro, Renato terá dito que preferia masturbar-se a ter de dormir com o cronista social.

Carlos Castro teria planos para regressar a Portugal mais cedo uma semana depois da zanga, e acabar com a relação quando chegasse.

A acusação assenta a argumentação no facto de Seabra ter percebido que para ele a carreira de modelo tinha acabado por ali.

A defesa quer provar que o jovem teve um surto psicótico e que não estaria na posse das suas faculdades uma vez que afirmou que Deus lhe teria dado a tarefa de livrar o mundo do vírus da sida.

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