Portugal foi o país escolhido pelo rei espanhol para retomar a sua agenda de viagens oficiais após a última operação, à anca esquerda, realizada em novembro. Ainda a recuperar do implante da prótese, o monarca de 76 anos, chegou amparado por uma muleta que, curiosamente, deixou de lado sempre que tinha de posar para os habituais retratos oficiais.
Contudo, não prescindiu da ajuda de Cavaco Silva sempre que foi necessário movimentar-se mais rapidamente.
Na visita, que decorreu entre 11 e 12 de fevereiro, Juan Carlos contou com a presença da mulher. A rainha Sofia, que inicialmente não estava prevista na comitiva, só aceitou vir à última da hora como forma de agradecimento ao convite de Maria Cavaco Silva de quem é amiga pessoal.
Segundo apuraram os media de nuestros hermanos, a soberana que não acompanhava o marido numa visita a um país estrangeiro desde 2011, quando ambos passaram pelo Paraguai na Cimeira Ibero-Americana de Assunção, nem chegou a dormir em Portugal, regressando prontamente ao Palácio da Zarzuela para presidir a atos inadiáveis previstos na agenda real.
Sabe-se que os soberanos viajaram em conjunto num Falcon 900 da Força Aérea – um pequeno avião com cerca de 15 lugares – com destino à base militar Figo Maduro e que se hospedaram num hotel de Lisboa, em vez de procurarem o conforto da residência oficial do embaixador espanhol, situada no bairro chique da Lapa.
Juan Carlos que passou parte da infância e adolescência no Estoril, na Villa Giralda, durante o exílio da família real espanhola, não escondeu o carinho que tem pelo nosso país, onde mantém um grupo de amigos restrito com quem, julga- se, se terá encontrado em audiências privadas na unidade hoteleira.
O soberano não vinha a Portugal há três anos. Mais precisamente desde 2010 quando visitou o Porto pela ocasião da VI Reunião COTEC Europa. Esta última reunião que marcou o encerramento do IX Encontro COTEC, realizado por estes dias no nosso país, contou com um jantar no Palácio da Cidadela de Cascais, oferecido pelo Presidente da República e a primeira-dama portuguesa, onde também esteve o casal presidencial italiano, Clio Maria Pittoni e Giorgio Napolitano.
Na manhã seguinte, dia 12, o rei deslocou-se sozinho à Fundação Champalimaud onde proferiu um discurso de confiança e cooperação entre empresários, dirigentes empresariais e responsáveis políticos dos três países (Portugal, Espanha e Itália), em matéria de inovação.
Siga a Nova Gente no Instagram