A mulher de Adriano Maranhão falou ao Portal de Notícias Impala e contou o desespero que está a viver ao lado das três filhas, na Nazaré. Com o passar das horas e da inatividade dos responsáveis pelo navio Diamond Princess, a família do português infetado com coronavírus está a entrar numa «situação cada vez mais desesperante».
Emanuelle Maranhão, tratada por Tina pelos mais próximos, não consegue «contactar a empresa» responsável pelo navio. «Ainda não tenho resposta sobre se ele já foi levado para o hospital». A filha mais velha do casal «está a tentar entender a situação» por que o pai está a passar. O marido de Tina «está muito apreensivo pela espera». Os outros portugueses que integram a tripulação do navio têm sido o único suporte a Adriano, encerrado numa cabina.
Assista ao vídeo aqui.
Adriano Maranhão «trancado em cabina» e sem apoio dos responsáveis do navio
Sábado, 22 de fevereiro, «por volta das 14 horas» [locais, 5 da manhã em Lisboa], o tripulante português estava «em quarentena numa cabina, fechado».
Os outros portugueses que também integram a tripulação no Diamond Princess, «estão bem», mas ainda sem saberem «se os testes que lhes fizeram deram positivo ou negativo». «Estão a aguardar» refere Adriano Maranhão.
O primeiro português infetado pelo Covid-19 envia às autoridades portuguesas um pedido desesperado de ajuda. «Quero sair o mais rápido possível do navio e ir para um hospital para tentar entender o que tenho.» Em desespero, confirma que não está a ser bem tratado. «Até agora, não estou a ser bem tratado. Estou fechado numa cabina vai fazer 24 horas e ainda não veio aqui ninguém [responsável pelo navio] trazer-me comida.»
Texto: Luís Martins; Fotos: DR
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