Nacional
Pipoca Mais Doce

Demorou dois meses a aceitar convite de Goucha: "Não me sentia capaz"

Qui, 20/05/2021 - 16:00

A Pipoca Mais Doce aceitou, ao final de dois meses, o convite de Manuel Luís Goucha para ser entrevistada em direto na TVI. A conversa aconteceu esta quarta-feira, no vespertino do canal de Queluz de Baixo.

O convite lançado a A Pipoca Mais Doce, alter ego de Ana Garcia Martins, para ser entrevistada por Manuel Luís Goucha foi feito em março passado, mas só esta quarta-feira, 19 de maio, é que a ex-comentadora do "Big Brother" se sentou em frente ao apresentador da TVI para responder a todas as suas perguntas. Ana Garcia Martins, nome de batismo da comediante, demorou dois meses a dizer "sim" porque, até agora, não se sentia "capaz".

Nas redes sociais, A Pipoca Mais Doce explica que "queria muito" e sempre sentiu ser "uma honra poder ser entrevistada pelo Manuel Luís", mas na altura em que o convite surgiu, sabia que ia "mostra uma versão muito fragilizada" de si "ou ia ter de fingir que estava incrível". "Não me apetecia nenhuma das hipóteses", justificou, referindo-se ao período que sucedeu à sua separação, ao final de dez anos e anunciada em fevereiro, de Ricardo Martins Pereira. "Acho que um dos piores lados desta coisa de ser (mais ou menos) figura pública é esse, exigirem-nos timings que, muitas vezes, não são os nossos. Exigirem-nos explicações que, muitas vezes, ainda nem sequer conseguimos dar a nós mesmos, quanto mais aos outros", prosseguiu.

"Quando aceito dar entrevistas destas, mais intimistas, quero sempre ir por inteiro, de coração aberto. Não fazia ideia do que seria perguntado e isso deixa-me sempre um bocadinho inquieta, mas gosto de saber que me sinto confortável para falar sobre qualquer assunto, de forma honesta e desprendida. E neste momento sinto, e por isso aceitei quando surgiu um novo convite", frisou ainda.

Saldo positivo, garante A Pipoca Mais Doce

Na conversa com Manuel Luís Goucha, a comediante abordou não só o tema do fim do seu casamento - do qual resultaram dois filhos - mas também o da sua relação com a fé e a morte do irmão, aos 22 anos, que aconteceu quando A Pipoca Mais Doce tinha apenas 18. 

No final, e tendo em conta as reações que recebeu por parte dos espectadores, o saldo é positivo. "Partilharam comigo histórias sobre fé, sobre a perda de familiares, sobre separações, sobre vários dos temas que eu falei na entrevista, mas, sobretudo, disseram-me que gostaram de ver 'uma outra Ana', sem aquela camadona toda de sarcasmo que uso sempre para me defender", relata.

Ana Garcia Martins termina admitindo que não é "falar" sobre si. "É um exercício que ando a aprender a fazer (70€ de terapia por semana, meus amigos, é uma renda), mas é bom ir percebendo que coisas boas acontecem quando assumo que há um pequeno coração a bater no sítio onde muita gente acha que só há um cubo de gelo (coisa que seria tecnicamente impossível, porque o gelo derreteria ali enfiado entre os pulmões, mas tudo bem, sejam burrinhos à vontade). Pronto, isto tudo para agradecer o vosso feedback, os vossos abraços virtuais (graças a Deus, não tentem abraçar-me ao vivo) e dizer que batem forte cá dentro. Tenham um dia bom, minhas panquecas sem glúten", termina.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram

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