O pai de Valentina, Sandro Bernardo - que recebeu pena máxima - foi colocado na ala mais calma da cadeia de Vale de Judeus. Os Serviços Prisionais decidiram tratar o prisioneiro como um arguido condenado por crimes sexuais.
As duas pessoas que alertaram a PSP nunca perceberam como não foram avisadas para ir depor no processo e nem sequer lhes disseram quem era a menina.
A menina já tinha sido agredida pelo pai, dois dias antes, e três dias depois da última chamada viria a ser assassinada.
O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra vai abrir um processo autónomo para averiguar se Sandro Bernardo disse a verdade.
Sandro Bernardo nunca chorou nem se mostrou emocionado. Defendeu sempre a mulher – que mais tarde o viria a trair, acusando-lhe de lhe bater para a obrigar a manter a mentira.
Nelson Andrade, ex-companheiro de Sónia e homem que ‘criou’ Valentina durante seis anos, até o nome da menina tem tatuado.
Valentina teve uma morte lenta e sofrida, depois de agonizar durante dias. Foi vítima de torturas e agressões bárbaras às mãos do pai, que já admitiu os factos.
«Que se passou com a tua vida Sandro Bernardo?», questiona Helena Marques, ex-professora do suspeito. Professora de Ciências Físico-Químicas, conheceu Sandro no ano letivo 2001/2002, na Escola dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos de Peniche