Nacional
Paulo Sousa Costa sobre a morte do filho

«A saudade aumenta a cada de segundo que passa...mas desistir continua a não ser opção»

Sáb, 08/06/2019 - 11:20

Paulo Sousa Costa recorda o filho, Paulinho, que morreu aos 7 anos com uma leucemia rara

 

Paulo Sousa Costa perdeu o filho Paulinho em 2010 devido a uma leucemia rara. Dois anos depois, o conhecido encenador e marido de Carla Matadinho lançou o livro «Desistir não é opção» em memória do menino. Esta sexta-feira, dia 7 de junho, Paulo Sousa Costa recordou o lançamento da obra, há sete anos, ao mesmo tempo que homenageou Paulinho e falou da dor que um pai sente com a morte de um filho. 

Num texto emotivo, Paulo Sousa Costa refere que desistir continua a não ser opção, apesar de todo o sofrimento. Recorde-se que o encenador é pai de dois filhos com Carla Matadinho: Letícia e Sebastião.

Leia aqui o texto de Paulo Sousa Costa na íntegra: 

«O Facebook, do qual nem sou grande amigo, acabou de me lembrar que há 7 anos assumi um compromisso para com o meu filhote Paulinho, para com quem me ama, e para com quem me apoiou através desta rede social. Assumi que eu não iria desistir, não obstante a vida ter-me atirado para o paroxismo, para o limite máximo da provação que um ser humano (pai ou mãe) pode experienciar!

7 anos após ter assumido publicamente esse compromisso, lançando o livro DESISTIR NÃO É OPÇÃO, entre muitas outras situações positivas, como o sucesso profissional, o principal, o mais importante resultado que está à vista é o nascimento de duas maravilhosas crianças, fruto de uma mulher que nunca deixou de lutar por mim, por ela, pelo sonho de ser mãe, e pela hercúlea tarefa de voltar a ver-me sorrir, mesmo que fosse sem o mesmo brilho no olhar.

A Lee e o Will são a prova viva de que não desisti! Um dia, a seu tempo, irão perceber e orgulhar-se do papá deles.

Porque agradecer, seja por palavras ditas ou escritas, nunca ocupa espaço, volvidos estes 7 anos do DESISTIR NÃO É OPÇÃO, faço novo agradecimento público aos que me apoiaram, ajudando-me assim a manter-me na linha da vida que sempre idealizei.

Porém, ao contrário do que muitas vezes se possa pensar, tendo em conta que os anos foram passando, não desistir não é sinónimo de deixar de amar, menos ainda de esquecer. Até porque a saudade aumenta a cada de segundo que passa... mas Desistir continua a não ser opção!

Obrigado a todos os que me continuam a iluminar este escurecido caminho.

Ps. Na verdade, nunca se deixa de sofrer, passa-se a disfarçar de forma mais convincente...» 

Texto: Ricardina Batista; Fotos: Impala 

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