Nacional
Paulo Battista

Entre máscaras e meias: «Estou a desejar vestir o Manuel Luís Goucha»

Sex, 08/05/2020 - 10:33

A NOVA GENTE esteve à conversa com Paulo Battista. Nesta quarentena, o CR7 dos alfaiates pendurou os fatos para se dedicar às máscaras e às meias. Mas há um famoso que quer muito voltar a vestir... Manuel Luís Goucha

É conhecido como o CR7 dos alfaiates, mas neste momento de quarentena pendurou os fatos para se dedicar às máscaras e às meias. A NOVA GENTE esteve à conversa com Paulo Battista.

Como tem estado a viver esta quarentena?

Bem… Nós somos uma família numerosa e isto acaba por ser um bocadinho animado. Já tivemos mais rigor, confesso. Mas já começamos a ficar cansados. A Susana acaba por estar a acompanhar os miúdos. Acho que antes da telescola tínhamos mais rigor, agora com a telescola está cada um para seu lado com os seus horários. Não está fácil, mas está a ser ótimo!

E quando acaba a hora da telescola, o que costumam fazer?

Os miúdos não são muito diferentes do outros. Para nós não foi muito difícil, porque infelizmente (ou felizmente, porque acabou por ajudar), eles passam muito tempo agarrados às tecnologias. O Rafael e o Miguel na PlayStation, a Renata agora descobriu o TikTok, aquilo tem dezenas de vídeos. De repente acabo por ver que estão a ver atividade física, por exemplo. No meio deste turbilhão, os miúdos adaptaram-se facilmente porque têm as rotinas deles. 

«Está na altura de consumir o que é nosso»

O Paulo que fazia fatos, agora também faz meias… 

A ideia aqui era tentarmo-nos ajudar uns aos outros. Acho que quem compra fora devia deixar de comprar e investir em produto nacional. Eu sei que é capaz de ser mais caro, mas também é muito melhor. Seja no têxtil, nos sapatos, seja no que for, somos os melhores. Está na altura de consumir o que é nosso. E a situação das meias surgiu um bocadinho, porque estava farto de estar parado e porque não conseguia praticar a minha paixão em casa. Tenho um amigo que fabrica meias e pensei: ‘Por que não fazer uma edição Paulo Battista?’. Obviamente é numa escala muito pequena, mas se todos nos ajudarmos uns aos outros, vai ser mais fácil.

Depois das meias, surgem as máscaras, que estão a ser um «boom» no nosso País.

Houve uma altura em que me desafiaram a fazer máscaras, mas a DGS dizia que não aconselhava as máscaras caseiras. Entretanto, saíram as notícias de que iríamos ter um défice de máscaras… Então lembrei-me, eu tenho aqui um lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia, no qual a minha mulher, a Susana, detetou que ninguém tinha máscaras. E são mais de 100 pessoas. Lembrei-me de fazer para vender e doar uma máscara por cada máscara vendida.  Eu nunca pensei que tomasse a proporção que tomou. De repente tinha centenas de pedidos. Eu passo o dia inteiro a fazer máscaras.

Assista ao vídeo e oiça a entrevista completa!

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Impala, DR e reprodução Instagram

Pontos de Venda das Nossas Revistas

Siga a Nova Gente no Instagram