Nacional
Paco Bandeira

Namorada deixou-o

Seg, 23/01/2012 - 16:33

Depois de ter defendido o músico no processo em que a ex mulher o acusa de violência doméstica e maus tratos à filha, Marisa de Almeida decidiu terminar a relação.

Marisa de Almeida e Paco Bandeira já não estão juntos. Depois de ter estado ao lado do músico durante a primeira audiência em tribunal no caso que opõe o cantor à ex mulher, a professora decidiu agora terminar a relação, que já durava há um ano. Na página do Facebook, explicou porquê:

"Vou sair do grupo, mas não sem antes explicar o porquê. Nunca pensei que isto me fosse acontecer a mim, que tenho estado ao lado do Paco desde o primeiro minuto que soube deste processo e desde que muito mais coisas se disse sobre ele, quando o processo se tornou público. Nunca duvidei do Paco. Nunca o questionei sobre tudo aquilo de que era acusado. Acreditei nele. Confiei nele. Defendi-o com unhas e dentes, de corpo e alma, como todos puderam constatar. Era uma batalha que não era minha, mas passou a ser, a partir do momento em que o meu companheiro estava a ser vítima de tanta agressão. Achei injusto. Criei de imediato este grupo, recebi alguns comentários menos positivos sobre a minha participação aqui, mas continuei, porque acreditei na causa e o que me importava era a defesa do Paco. A partir do momento em que deixei de acreditar, não faz sentido continuar aqui.

Eu tenho vivido única e exlusivamente para o Paco, de tal forma, que acabei por me afastar dos meus amigos. Passei a fazer parte do seu mundo: dos seus amigos, das suas filhas mais velhas, dos seus espetáculos, dos seus "statements" - que tantas vezes o ajudei com ideias, porque era assim que nós funcionávamos, éramos uma equipa. Os seus amigos/conhecidos, passaram a ser também os meus. Socialmente, sou uma pessoa extrovertida, divertida. Dava-me bem com todos e pensei que ele ficaria feliz com tal situação. Pelos vistos, não!

Na noite de sábado íamos jantar fora com mais pessoas. Digo íamos, porque assim que o Paco me viu sozinha a falar com um dos seus amigos/conhecidos (que tem uma companheira com quem vive), pensou que nós estávamos envolvidos e que tinhamos combinado aquilo tudo só para nos encontrarmos. Acabámos por não jantar. O Paco fez apenas o que ainda tinha a fazer lá no restaurante e fomos embora. Pelo caminho, tentei defender-me das acusações que me fazia, mas em vão. O Paco não me deixava falar, contudo, ele falava. Disse que estava tudo acabado, que cada um seguiria o seu caminho e que a situação já se tinha repetido noutras ocasiões, umas 3 ou 4 vezes e que me tinha tentado avisar "ao de leve"...Lamento, não ter sido suficientemente inteligente para ter percebido os seus «avisos», de não poder falar com amigos/conhecidos do sexo masculino ou com aquele em particular. O Paco fez questão de sublinhar que não se trata de ciúme, mas sim, de humilhação!

Eu poderia ter-me remetido ao silêncio e não publicar nada disto, só que mais tarde ou mais cedo iria saber-se do final da relação e especular-se muita coisa. Para além de que aprendi com o Paco a nunca me calar perante uma injustiça e já que não me deixou falar no momento em que me acusou, falo agora.

Retirei do seu artigo A carapuça o seguinte excerto: "O resultado indesmentível do vosso empoladíssimo ofício, é que hoje ninguém acaricía uma criança, com medo de ser considerado pedófilo - poucos homens se arriscam a conviver naturalmente, uns com os outros, para lá do regular trato, com medo de serem considerados homossexuais ou pior - muita gente vive só, para não ser confrontada com acusações/chantagem de violência doméstica, por dá cá aquela treta"; e eu acrescento o seguinte: já uma mulher comprometida não pode conviver com amigos do sexo masculino, por medo de ser considerada uma traidora e infiel ao seu companheiro.

Pergunto-me agora: e se fosse o inverso? Se fosse eu a acusada neste processo? Será que o Paco se manteria do meu lado? Será que confiaria em mim ao ponto de nunca pôr a hipótese de todas as acusações feitas serem verdade?

Não sei o que pensar, mas sei o que sinto. Sinto uma revolta muito grande por ter sido tratada desta forma, quando tanto de mim lhe dei. O Paco é a minha grande desilusão..."

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