A osteoporose caracteriza-se pela fragilidade do osso e afecta milhares de pessoas em todo o Mundo. É uma doença silenciosa, com mais expressão nas mulheres, que se instala lentamente ao longo dos anos, sendo – na maioria das vezes – uma fractura o primeiro sintoma. A sua prevenção passa por adoptar uma alimentação saudável e praticar exercício físico. A NOVA GENTE falou com Maria Antónia Pinho, secretária-geral da Associação Portuguesa de Osteoporose, sobre a patologia.
O que é?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a osteoporose caracteriza-se pela perda de densidade e qualidade óssea (menos de 25% da massa óssea em relação a um adulto jovem), tornando os ossos frágeis e propensos a fracturas. As mais comuns são na anca, coluna, pélvis, pulsos e ainda nas costelas.
Fragilidade dos ossos
Devido às fracturas ósseas que causa, a osteoporose constitui uma importante causa de incapacidade e morte. “Durante o período dos 25 aos 45 anos existe um equilíbrio entre a produção e a destruição óssea. A partir desta faixa etária, e até ao fim da nossa vida, os ossos começam, fisiologicamente, a perder massa óssea e a ficar mais frágeis.”
Consequências
As grandes consequências da osteoporose são as fracturas, sendo as da anca, das vértebras e do punho as mais frequentes. “Os dados indicam que durante a vida de uma mulher o risco de desenvolver uma fractura da anca é superior ao de morrer de cancro da mama. Aliás, uma em cada cinco idosas morrerá nos seis meses após uma fractura deste género.”
Papel da prevenção
Uma vez que se trata de uma doença silenciosa, com perda óssea gradual e sem sintomas – até estarmos perante uma fase mais avançada –, “deve ser efectuado o despiste em todas as mulheres com mais de 60 anos e homens acima dos 70. O mesmo é realizado através de uma densitometria óssea, que avalia o valor de densidade mineral óssea na coluna lombar e no fémur”.
Sem cura
O tratamento é efectuado no sentido de aliviar a dor e evitar o aparecimento de novas fracturas. “Existem várias medidas medicamentosas para o tratamento e prevenção. Além disso, toda a população deve assegurar uma alimentação adequada que contenha cálcio e vitamina D, assim como evitar o consumo excessivo de cafeína, sal e tabaco.”
Factores de risco
• Idade
• Sexo feminino
• Predisposição genética
• Falta de exercício físico
• Doença de fígado e rins
• Dieta com falta de cálcio
Alguns números
Em Portugal deverão ocorrer cerca de 55 mil fracturas por ano
Prevê-se que nos próximos 50 anos o número de doentes duplique
A cada 30 segundos, alguém na Europa fractura um osso
Cerca de 15 a 20% dos pacientes morrem com complicações na sequência da fractura
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