Nacional
O pior que pode acontecer a uma mãe

Andreia Rodrigues revela ter sofrido dois abortos: «Houve amores que não conheci...»

Seg, 24/09/2018 - 19:00

Antes de ser mãe de Alice, Andreia Rodrigues passou por uma experiência dolorosa e traumatizante. A apresentadora da SIC revela que perdeu dois bebés.

Sofrer um aborto espontâneo numa fase inicial da gravidez é mais comum do que a maioria pensa. No entanto, o assunto é ainda tema tabu, além de motivo de sofrimento e dor para milhares de mulheres. Três meses depois de ter sido mãe de AliceAndreia Rodrigues decidiu quebrar o tabu.

A apresentadora e mulher de Daniel Oliveira revelou, num longo texto publicado no seu blogue que, antes de ser mãe, teve duas gravidezes que não chegaram ao fim. Andreia Rodrigues explica que decidiu contar a sua história porque viveu «episódios que são considerados tabu, sem que tenham necessariamente de o ser», explica. De acordo com o texto, a primeira gravidez aconteceu em 2016 e a segunda em 2017.

Andreia Rodrigues e Daniel Oliveira casaram-se em 2017 e foram pais a 30 de maio de 2018.

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«Houve amores que não conheci…»

Não faço esta partilha como alguém que tem uma profissão pública, mas como mãe, mulher, que sofreu duas situações de aborto e que sentiu receio que os olhares dos outros devolvessem piedade ou comiseração. Acreditei que, ao saber-se, me acusariam de ser frágil e incapaz (que tolice a minha!), como se isso pudesse amputar a minha feminilidade. Falei com algumas amigas e é por saber o quão importante foi para mim que partilhássemos experiências que partilho agora a minha história. Se estas palavras servirem para ajudar alguém a libertar-se de um peso, que não tem de carregar, ou a continuar a ter esperança, já valeu a pena.

Porque como mulher, percebi que éramos muitas e quando, muitas vezes, contava o que me tinha acontecido, vinham os desabafos de quem tinha vivido o mesmo, mas não tinha coragem de partilhar. Percebi que é mais comum do que se pensa ou do que se fala. Devíamos falar mais, que a experiência dos outros nos ajude a mitigar a nossa dor. Se não estamos cá para nos ajudar uns aos outros, estamos cá para quê?

Queria muito ser mãe, queríamos muito ser pais e, apesar da pressão pública, só quando sentimos que estávamos preparados, é que demos esse passo. Eu estava consciente de que dificilmente seria imediato – há sempre casos de quem engravida à primeira, mas eu tinha decidido pôr as minhas expectativas num nível moderado. Cada mês que passava sem que eu tivesse engravidado fazia ressurgir alguma tristeza, mas sempre procurei aceitar esse sentimento com tranquilidade. Enquanto isto, as pessoas iam perguntando sobre a maternidade, insistindo que já estava na altura.

Leia o texto na íntegra aqui!

Fotos: Impala e Reprodução Instagram

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