Nacional
O drama de Leandro e Sury Cunha

«Era uma armadilha. Fui agredido à porta de casa dela»

Sáb, 21/07/2018 - 15:45

O cantor foi entrevistado por Daniel Oliveira e revelou o passado dramático com a mãe do filho

Leandro foi o entrevistado de Daniel Oliveira, no Alta Definição, este sábado, dia 21 de julho. Numa das partes da entrevista, o cantor, de 33 anos, contou como viveu a chegada do filho e todos os problemas que seguiram esse momento.

«Sempre tive esse sonho. O Simão veio num momento menos bom», começou por dizer.

A noite em que o menino foi concebido, Leandro «vinha de uma casa de fados, depois de uma noite, e vou para me divertir. Encontrei a mãe do meu filho e nasceu o Simão. Tentei dar-nos uma oportunidade, mas não conseguia».

Há cinco anos, o cantor acompanhou «o nascimento, sem fraquejar das pernas. O Simão mudou tudo, o meu filho é tudo o que tenho na vida».

«O fim da nossa relação foi porque a mãe do Simão me traiu»

«Tive um momento menos bom em que fui acusado de violência doméstica pela mãe do meu filho. Não sentia a mesma coisa que ela sentia por mim, então ela caiu num momento de loucura.

Criou um impacto tão grande na comunicação social que chegou a um momento em que as pessoas me apontavam o dedo: 'Ele bate nas mulheres'.

O fim da nossa relação foi porque a mãe do Simão me traiu. Daí eu não conseguir de maneira alguma estar com a mãe do Simão. O mundo é muito pequeno, da mesma forma que lhe contavam sobre mim, também me contavam sobre ela.

Tive de inventar um concerto e apareci de surpresa em casa. Na nossa casa. Vi com os meus próprios olhos. Ela não merecia [que a confrontasse] . Devia respeitar-se mais como mulher e como mãe», explicou.

Nesta altura, Leandro quis logo lutar pela custódia do menino. «Naquele preciso momento quis ficar com o meu filho e a guerra começou aí. Só com esta situação da violência doméstica é que as coisas podiam ter corrido mal para o meu lado. Ela acusou-me de violência doméstica, na altura, andava com uma pessoa que era polícia.»

Houve um dia em que Leandro teve de ir buscar roupa à casa de Sury Cunha e ela pediu-lhe que subisse. «Era uma armadilha. Pedi que me viesse trazer a roupa cá a baixo. Fui agredido à porta de casa dela e depois fui agredido na esquadra. Levei com gás pimenta e com um taser.»

«Cheguei a cantar com a pulseira eletrónica»

«Fui muitas vezes julgado por isso. Por uma história inventada por ela. Cheguei a cantar com a pulseira eletrónica. Tínhamos os dois um detetor, por causa da distância que tínhamos de manter», afirmou o cantor.

«Ela ia lá a casa e não levava o detetor. Liguei para os serviços a dizer que ela ia lá a casa e não levava o detetor e eles riram-se de mim. Então avisei que ia cortar a pulseira e eles foram logo lá a casa. 

Ela bate à porta e fiz questão que fosse o senhor a abrir-lhe a porta. Depois fomos a tribunal e eu fui absolvido da acusação que estava a ter.

Era uma pulseira no tornozelo, eu podia fazer a minha vida normal, mas era muito visível. As pessoas apontavam-me o dedo. A pior coisa que me podem fazer é acusa por uma coisa que eu não fiz», disse.

Durante esta guerra, o filho do cantor disse-lhe o que ele mais precisava de ouvir. «Estava a passar por um momento muito mau e o meu filho chegou ao pé de mim e disse: 'Papá, eu amo-te tanto, tanto, tanto. Eu só quero é ir viver contigo'.»

Atualmente, Leandro e Sury Cunha mantêm uma relação cordial e cada um seguiu com a sua vida amorosa. «Consegui manter uma relação estável com a mãe do meu filho. Já me pediu desculpa. Perdoei a mãe do meu filho, temos guarda partilhada.»

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A discussão antes da morte da mãe

Durante a conversa com Daniel Oliveira, Leandro também falou sobre a trágica morte da mãe a que ele e os irmãos assistiram.

«Na noite anterior [à morte] a minha mãe tinha um pacote de bolachas e eu impliquei com aquilo. Tratei-a menos bem. 'Estás a fingir que estás doentes', disse-lhe.»

O cantor arrepende-se «dessas e de outras palavras». «Tinha a mania que era sabichão» e a discussão que acabou por ter com a mãe jamais irá esquecer.

«Pelas 4h00, ouviu-se um grito, nós levantámo-nos. Chegámos à sala, a minha mãe estava deitada nos braços do meu pai e do meu tio, completamente roxa. Ainda foi para o hospital, mas já não havia nada a fazer. Ela teve uma paragem cardíaca e o problema pulmonar que tinha veio ao de cima», relatou.

«Fui ao hospital, despedi-me da minha mãe. Se pudesse voltar não tinha feito o que fiz, não tinha dito o que disse», concluiu.

Fotos: Impala e reprodução Instagram

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