Nacional
Nuno Azinheira

Perde 13 quilos e 23 cm de barriga em apenas seis meses

Sáb, 07/08/2021 - 12:00

Nuno Azinheira, o comentador da "Passadeira Vermelha", deu início a um processo de emagrecimento em janeiro e os resultados são bem visíveis. Apesar de sempre ter feito dietas, agora há um "segredo" fundamental para o sucesso: o PT, que já teve obesidade mórbida.

Nuno Azinheira conversou com a NOVA GENTE sobre o processo de emagrecimento a que deu início em janeiro e que já o fez perder 13 quilos e 23cm de barriga em apenas seis meses.

Qual foi o momento em que decidiu começar a perder peso?
Não há um começo, porque eu fui começando sempre. Há quatro anos, em 2017, houve um momento importante para mim, quando percebi que era diabético. Era uma coisa que eu já calculava, porque, na minha família, há uma série de antecedentes de diabéticos. Tendo uma mãe e um tio que são, e não sendo os meus irmãos, havia uma grande probabilidade de eu ser. Fui fazer uma análise de rotina e lá estava.

Sentiu medo?
Não. Não entrei em pânico, nem nada disso. Sou muito racional. Saí do hospital onde fiz as análises e fui imediatamente comprar uns seis ou sete livros sobre diabetes tipo 2. Li tudo o que havia para ler. Desde aí, passei a ter mais cuidado. 

Tem sido um processo fácil?
Como eu digo muitas vezes, este não é um processo linear. Quem tem excesso de peso, quem é obeso, já contou esta história várias vezes. Todos nós já fizemos aquelas dietas yo-yo… É impossível manteres-te completamente focado durante anos e anos a fio e, independentemente das dietas que as pessoas escolhem, há ‘momentos de pousio’, como eu lhes chamo. Há momentos em que estás muito empenhado e perdes peso, e há outros momentos em que paras e recuperas.

Mas, de há uns tempos para cá, temo-lo visto mais empenhado...
Sim. No final do ultimo ano, comecei a levar as coisas mais a sério. Sou seguido por um nutricionista e tenho um PT [personal trainer], que é meu amigo e que tem uma história de vida incrível. O Luís Gonçalo Martins foi um obeso mórbido, pesou 185 quilos, e é uma absoluta inspiração. Além de ser das pessoas mais bonitas e bem formadas que eu conheço, tem uma coisa que eu acho que é essencial e que a maior parte dos profissionais que lidam com obesidade mórbida não tem... Uma coisa é um nutricionista que lida com uma pessoa que tem cinco ou seis quilos para perder, outra coisa é lidar com pessoas que têm 30 ou 40 quilos a mais. Isto é uma doença e há que ter uma empatia diferente, há que perceber o contexto, e há que não dizer algum tipo de expressões que podem estimular algumas pessoas, mas que outras não. 

Dê-me um exemplo.
Aquela coisa de dizer que ‘para perder peso, basta fechar a boca’ é um profundo disparate. Não é verdade. Claro que a pessoa tem de ter cuidado com a alimentação, mas perder peso não é fechar a boca. E o Luís tem tido esse trabalho de total companheirismo, sobretudo nos momentos em que eu estou mais em baixo. Ele sabe exatamente as coisas que me passam pela cabeça, ele conhece as manhas que todos nós temos para evitar ir ao ginásio… ‘dormi mal’, ‘estou mal disposto’. O que ele me diz é que vai acreditar sempre em mim, porque se eu estiver a enganar alguém não é a ele, é a mim próprio. E isso é de uma crueza e de uma franqueza muito importante e motivadora.

O facto de estar em televisão, como comentador do Passadeira Vermelha, da SIC, é uma motivação extra?
Há duas coisas importantes. Por um lado, sou uma pessoa que está muito na televisão e nas redes sociais. Preciso dessa motivação publica, por isso partilho as minhas caminhadas, o que como, esta batalha no Instagram. Como me exponho muito, também recebo muito. As pessoas são muito carinhosas e incentivam-me muito, tenham elas ou não passado pelo mesmo que eu. E depois, claro, a televisão dá-me outra notoriedade, que eu também acho que devo referir. Há marcas que olham para mim e pensam ‘este gordo interessa-nos para passar uma mensagem’. E eu gosto dessa ideia. Nos primeiros dois meses do ano, fui acompanhado por uma empresa que me ia levar as refeições a casa duas vezes por semana. Quando essa parceria acabou, fui contactado por outra marca, a My Fit Meals, que me leva a casa comida natural, saudável, com baixas calorias, poucas gorduras saturadas e baixo índice glicémico. Tudo ajustado à diabetes, são refeições personalizadas. E claro que isso é uma grande ajuda.

Que tipo de exercício físico faz?
Além do ginásio, ando, em média, sete a oito quilómetros por dia. Ao fim de semana, chego a andar 13 ou 14. 

E quanto peso já perdeu?
As pessoas normalmente perguntam sempre quanto perdemos e isso, sendo importante, não é o mais importante. É verdade que perdi 13 quilos de janeiro até agora, em seis meses, mas o que é mais relevante é que perdi 25 centímetros de diâmetro abdominal, baixei quatro números de calças e de camisas. O meu volume é muito menor do que era e isso dá-me muito ânimo. E há outra coisa: o peso pode ser enganador. Eu passei a fazer muito mais desporto, ou seja, ganhei massa muscular e isso também se reflete na balança.

Começou por fazer esta dieta por questões de saúde, mas acredito que a parte estética também seja importante para si.
É evidente que fico bem melhor se tiver menos peso, mas é essencialmente uma questão de saúde. Eu sou gordo desde os seis anos, cresci, fiz-me homem, amei, tive o sucesso profissional que tive, e sempre gordo. Sempre me despi na praia, nunca tive qualquer problema com isso. Mas é uma questão de saúde. À medida que ficamos mais velhos, temos de ter mais cuidado. 

Além da "Passadeira Vermelha", tem mais algum projeto profissional para breve?
Sim, tenho. Até tenho vários, porque eu estou sempre cheio de ideias. Para já ainda não posso revelar muito, mas posso dizer que um desses projetos tem a ver com este meu processo de perda de peso. Não quero ser um exemplo para ninguém, quero apenas ser um exemplo para mim, mas se com este exemplo ajudar outras pessoas a serem mais saudáveis, melhor. Este projeto será digital. 

Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais

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