"Onde quer que haja pobreza e doença, onde quer que os seres humanos estejam a ser oprimidos, há trabalho a fazer.
Após 90 anos de vida, é tempo de novas mãos empreenderem a tarefa. Agora, está nas vossa mãos", apelou Nelson Mandela, perante uma multidão imensa reunida em Hyde Park, em Londres, para comemorar o seu 90º aniversário, em junho de 2008.
Desapareceu hoje, aos 95 anos, em Pretória, o homem que pagou com a liberdade pessoal a defesa pelos direitos à igualdade de oportunidades e que levou a luta contra a segregação racial até às últimas consequências.
Em 1963 foi julgado pelas suas atividades consideradas subversivas pelo governo de Pretória, e condenado a prisão perpétua.
Cumpriu 27 anos de pena e, quando foi libertado, continuou a missão que sempre o inspirara: a luta pacífica contra o regime do apartheid sul-africano.
Em 1993 recebeu o prémio Nobel da Paz e, viu, um ano mais tarde, desaparecer da África do Sul o regime contra o qual levou a maior parte da sua vida a combater.
Uma infeção pulmonar conseguiu roubar ao Mundo o homem que nenhuma outra contrariedade conseguiu deter.
Mandela deixa assim na mão de todos a defesa da mensagem do discurso de Hyde Park , o direito à igualdade entre todos os Homens.
Aquele que foi o primeiro Presidente negro da nação sul-africana terá direito a funeral com honras de Estado.
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