Nacional
A moda dos slings

Já conquistou as famosas com bebés em plena quarentena

Ter, 31/03/2020 - 15:30

Luísa Barbosa, Patrícia Candoso e Lara Afonso são algumas adeptas desta moda que está a ajudar muitos pais durante a quarentena.

A pandemia de Covid-19 alterou as rotinas de muitos portugueses, que estão atualmente de quarentena. Quem tem bebés está a aderir à moda dos slings, os panos que se podem usar de diferentes formas, para carregar os mais pequenos, e que já conquistaram famosas como Luísa Barbosa, Patrícia Candoso e Lara Afonso.

Para os pais que agora dão por si em casa a ter de fazer o seu trabalho remotamente, lidar com as tarefas do dia-a-dia e ainda têm um bebé pequenino para cuidar, os slings «são uma ajuda grande», segundo nos conta Rita Franco de Sousa, fundadora da marca Pulguinhas.

«Fico feliz por dizê-lo. É uma coisa que percebemos diariamente nas redes sociais da Pulguinhas. No sling, o bebé fica mais tranquilo, confortável e seguro. Sente-se acompanhado e isso é muito importante para o seu desenvolvimento completo. Os pais também se sentem mais tranquilos, conseguem tratar da roupa, limpar a casa, preparar uma sopa, dar atenção aos irmãos mais velhos, podem responder aos e-mails ou arrumar papelada sem perder de vista o seu bebé. Há um laço que os aproxima e os torna mais cúmplices a cada passo, mesmo nas tarefas mais simples de cada dia», diz-nos.

«Nesta fase as crianças e os bebés, que são hiper sensíveis às rotinas, percebem que há uma quebra no que era o dia-a-dia normal. Por isso, doses extras de colo e miminhos são imprescindíveis para as ajudar a ultrapassar a mudança», refere Rita, que notou um aumento na procura dos slings desde que o País entrou em quarentena.

«Os pais precisam de uma solução que lhes permita unir os dois mundos, e encontram-na num dos três modelos que temos: Pouch, wrap e Mei tai.»

Cuidados de higiene a ter com os slings

No blogue da marca, Rita procura ter sempre conselhos úteis e informações práticas que ajudem os pais. Com tudo o que se sabe já sobre a Covid-19, pareceu-lhe que faltava saber mais sobre o que fazer em relação a crianças e bebés e a enfermeira Ângela Baptista deu uma ajuda.

«Aprendemos que há particularidades que importa compreender e que têm implicação na forma como tratamos da limpeza de tudo, incluindo dos slings. Sabemos que as crianças pequenas e bebés não têm manifestação de sintomas e sabemos que têm naturalmente comportamentos de risco que não podemos evitar. Os bebés levam tudo à boca, é como “aprendem” o mundo. A higiene de tudo, sobretudo dos objetos mais próximos, torna-se uma nova rotina. Os slings, sendo peças de proximidade mas ao mesmo tempo de utilização por parte dos pais, conseguem manter-se limpos. Contudo, o conselho das autoridades de saúde continua a ser que, havendo exposição a qualquer circunstância que possa representar contágio, deve ser tudo lavado frequentemente. Para lavar os Slings Pouch e Wrap bastar levar à maquina de lavar e secar ao ar», explica.

A Psicologia que ficou para trás

Os primeiros artigos da marca Pulguinhas nasceram em 2006 quando Rita Franco de Sousa esperava o nascimento do primeiro filho. Com o sucesso de vendas abdicou, há sete anos, da sua atividade profissional na área da Psicologia para se dedicar a 100 por cento ao projeto e assumir a tempo inteiro os desafios de ser mãe.

Atualmente vive no campo com o marido e os quatro filhos, mas a equipa de costureiras e os materiais de confeção 100 por cento nacionais mantiveram-se.

«Temos um dia-a-dia mais prático e sem tanta preocupação com as aparências. Os Pulguinhas trepam às árvores, comem a fruta que colhem, andam descalços, brincam na lama, passeiam livremente de bicicleta e mimam e criam amizades com os animais aqui da quinta. E sei que estas são experiências que nunca teriam no meio da cidade, e são estas que ficarão na memória. Ter toda esta liberdade nesta incrivelmente difícil fase de isolamento, sei que é um privilégio enorme e fico muito feliz e agradecida por eles poderem ultrapassar este momento assim.»

Conselhos a famílias numerosas

«Todos temos de nos conseguir adaptar.O Simão tem já 13 anos e para ajudar está agora a recuperar de uma perna partida. Continua a ser a inspiração dos manos pequenos, mas não é fácil ficar “preso” à cadeira de rodas. Só vem piorar o isolamento. O Mateus, com 10 anos e o Lourenço, com 7, são uma boa companhia, adoram tropelias e brincadeiras de rapazes. Não há dúvida que nesta fase em que nos encontramos ter a possibilidade de ir para o espaço exterior é uma benção e agora que não há programas sociais estamos a terminar a construção de um skate-park em família. É uma ocupação que nos deixa muito preenchidos, com a sensação de que estamos a conseguir criar uma coisa nossa. Mas quando chega a altura dos trabalhos de casa, do estudar em casa, torna-se muito desafiante tentar ser professor ao mesmo tempo que se faz malabarismos com tudo o resto. O Estevão tem dois anos, ainda não há trabalhos para ele, e ainda se consola a acompanhar-me às cavalitas no Sling Pulguinhas e assim consigo estar por exemplo ao computador, a preparar a refeição ou estender roupa e ele está mais tranquilo por estar ao pé de mim e a conversar comigo.»

«Como todas as famílias numerosas o mais importante é a inter-ajuda e a organização. Procuramos actividades que nos unam e tentamos reduzir o tempo das tarefas do “tem mesmo de ser” ao mínimo. Por exemplo, cozinho sempre para mais do que uma refeição e a nossa roupa não conhece ferro, é tudo bem estendido e depois dobrado. É nestas coisas que consigo poupar o tempo que depois “gasto” connosco.»

 

Texto: Filipa Rosa; Fotos: Gentilmente cedidas por Rita Franco de Sousa

 

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