"Estou muito feliz por ela. Falei ontem com ela e já hoje também. Estou feliz, eles dão-se muito bem. Conheço o Amâncio e também já lhe dei os parabéns. Sendo que ele é o padrasto do meu filho o que quero é que corra tudo bem. O meu filho vive mais tempo com ele do que comigo.

Vejo a Joana feliz e isso deixa-me contente, se a visse a dar este passo por uma questão apenas de caminho a que a sociedade obriga não estaria tranquilo, mas vendo-os felizes e o meu filho bem e equilibrado, fico satisfeito. Nós damos-nos muito bem, falo com a Joana dia sim dia não, até pelo Afonso, que é um elo para a vida", disse Mico da Câmara Pereira à imprensa no dia em que Joana de Sousa Cardoso casou.

Garante que não acabou a relação a mal e até justifica os motivos que levaram ao fim da união. "Estivemos 11 anos juntos, não 11 dias ou meses, foram muitos anos e é uma vida. Temos um filho e a maneira como acabou a relação não foi conflituosa, não houver guerras nem nenhuma razão  agressiva, foi uma coisa muito pacífica e civilizada e por isso somos amigos para a vida.

Rezo por ela todos os dias. Antes que acabássemos a mal, como os casais que aguentam e aguentam até estoirar e depois nem a amizade sobra, foi melhor assim, já não havia aquele amor que faz com que tudo funcione. A amizade permanece mas faltava o resto".

"Foram 11 anos que foram duros, com coisas muito bonitas e com desgaste, fruto de tudo o que aconteceu", diz, deixando claro que a doença e a luta que Joana venceu, um cancro na mama, com todas as dificuldades que a doença acarretou, explicaram parte do desgaste pelo qual a relação passou.

"A Joana foi uma heroína e continua a ser, nunca vi ninguém passar por aquilo que ela passou da maneira como ela passou - a fazer quimioterapia, teve 18 no mestrado de arquitectura, e isso não é para todos", elogia, adiantando ainda que a ex-mulher já  respira de alívio, após os médicos lhe terem dito que está completamente curada.
 
Texto: Eunice Gaspar; Fotos: Tito Calado e Nuno Moreira

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