Cada vez que a Família Real Britânica viaja, há um conjunto de regras rígidas a cumprir, algumas até bizarras. São normas tão restritas às quais nem a própria rainha Isabel II consegue escapar! Fique a conhecer algumas delas.

Viajam com o próprio sangue na bagagem

Parece surreal, mas é verdade. A rainha Isabel II e o príncipe Carlos levam na bagagem sangue, caso precisem de uma transfusão. Esta regra é usada sempre que viajam para países menos desenvolvidos a nível de medicina, por exemplo.

Devem ter sempre uma muda de roupa para luto

Todos os membros da família real viajam com roupa preta na bagagem, para o caso de alguém morrer. Nesta situação, o protocolo obriga a que, assim que regressem ao Reino Unido, estejam vestidos de luto. Em 1952, quando o pai de Isabel II morreu, o rei Jorge VI do Reino Unido, a agora rainha estava de visita ao Quénia e não tinha levado roupa preta. Quando o avião aterrou em Inglaterra, teve de esperar que lhe levassem roupa adequada para sair do avião. Assim, desde este dia, foi a própria quem mandou incluir esta regra para todos.

Cumprimento internacional

Todos os membros da família real representam o Reino Unido e a coroa britânica, por isso, é exigido que, quando visitam um país, saibam cumprimentar as pessoas na sua língua oficial e de acordo com o cumprimento usado naquela cultura.

Levam as suas próprias bebidas alcoólicas

O herdeiro, príncipe Carlos, não dispensa um gin tónico e Camilla não passa sem um copo de vinho. Com muita discrição, estas bebidas são transportadas pelos seguranças juntamente com a bagagem. O motivo oficial é o de evitar que alguém coloque drogas nas bebidas. Outra possibilidade é o facto de nem sempre os sítios para onde viajam terem as suas marcas de bebidas favoritas.

Looks a dobrar

Todas as roupas da rainha são colocadas na bagagem... a dobrar. Isto serve para que, se um membro da família real ficar, por acidente, com uma nódoa de gordura ou de vinho na roupa, possa trocar a peça sem ninguém dar conta.

Horário controlado ao segundo

Gordon Rayner, correspondente da realeza do Telegraph, comentou recentemente que “viajar pelo Mundo a conhecer Chefes de Estado e a conhecer tesouros culturais parece ser uma vida fantástica. No entanto, não tenho qualquer inveja da família real. Eles visitam os locais mais famosos do Mundo e raramente passam lá mais de 40 minutos. O mais provável é nunca voltarem. Até os supostos momentos casuais e descontraídos são encenados previamente. A regra manda que em viagem nenhum comportamento seja de impulso.

Dentro de Inglaterra usa-se o comboio da rainha

Caso a viagem seja em território nacional, e como forma de não haver atrasos causados pelos imprevistos de trânsito, a ordem é que se desloquem no comboio real britânico. Por exemplo, a rainha Isabel II viaja anualmente no seu comboio até Sandringham na época natalícia.

Caso a viagem seja em território nacional, e como forma de não haver atrasos causados pelos imprevistos de trânsito, a ordem é que se desloquem no comboio real britânico. Por exemplo, a rainha Isabel II viaja anualmente no seu comboio até Sandringham na época natalícia

Os herdeiros viajam separados

Não é uma regra oficial, mas por norma dois herdeiros ao trono não devem viajar no mesmo transporte. Nos últimos anos, a rainha mostrou-se mais flexível em relação a esta regra, visto ela ter sido implementada quando andar de avião era visto como perigoso.

Só a rainha não precisa de passaporte

Todos os membros da realeza, exceto a rainha, têm de ter passaporte válido. A rainha Isabel II não tem passaporte, nem nunca teve, porque todos os passaportes britânicos são emitidos em seu nome. No seu caso específico, não precisa de passaporte em nenhum país do Mundo, mas fica sujeita à identificação da sua identidade.

Proximidade de hospitais

A Marinha Real britânica pesquisa sempre hospitais perto dos locais onde os membros da família real fiquem hospedados quando viajam, por prevenção

Texto: Eunice Gaspar; Fotos: Reuters

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