Saúde e Beleza
medicina estética

Um corpo, um rosto, dois lados

Sex, 06/12/2019 - 08:00

Se repararmos com atenção na face e no corpo de cada um de nós, constatamos que, desde muito jovens, não somos simétricos.

Artigo de opinião

Por Dr. Vítor Figueiredo, diretor clínico de Medicina Estética

Pode haver menos cabelo de um lado (uma «entrada»), uma sobrancelha mais baixa, um olho mais pequeno, um oval do rosto menos definido, um canto da boca «mais descaído» ou ainda uma mama mais baixa ou um pé ligeiramente maior. A própria estrutura óssea e dentária que sustenta os tecidos e que verdadeiramente determina a forma do rosto não é absolutamente igual nos dois lados da cara.

Somos assimétricos também quando comunicamos e nos expressamos, uma vez que há sempre um lado da face que é «mais forte» do que outro: há quem levante mais uma sobrancelha, quem mexa mais um lado da face ou ainda quem «puxe» mais um dos cantos da boca. 

À medida que envelhecemos, a assimetria natural da face tende a ficar mais evidente. Se a isto associarmos condições como osteoporose, retração óssea, perda de dentes, acne, doenças de pele ou musculares, traumatismos, cicatrizes, «tiques», apanhar sol, dormir ou mastigar mais «para um dos lados», etc., podemos dizer que… «só se tivéssemos apenas um lado ele seria igual ao outro!»

Os estudos recentes comprovaram que rostos com discretas assimetrias são reconhecidamente mais agradáveis e atraentes e que, ao simetrizar-se uma face em computador, ela tende a desagradar mais aos olhos do observador em geral. A maior parte das pessoas de facto não aprecia estes rostos com lados contruídos em «espelho um do outro». Uma cara completamente simétrica aparenta ser menos natural e tende a ser mais «artificial». Curioso é que, ainda assim, a grande maioria das fotografias que vemos nos media são «retocadas» informaticamente, tendencialmente buscando a simetria absoluta!

Nas nossas intervenções, cirúrgicas e não cirúrgicas, tentamos aliviar as assimetrias esteticamente significativas, para que os lados fiquem parecidos ou seja, para que fiquem «irmãos…, mas não gémeos»! Saliente-se, contudo, que há situações como paralisias faciais ou desnivelamento das mamas em que o nosso objetivo primordial é mesmo tornar os lados mais parecidos dadas as diferenças notórias que podem ser muito constrangedoras para o paciente.

É curioso notar como os pacientes ficam mais atentos aos pequenos detalhes da face e corpo após realizarem um tratamento estético, de tal modo que por vezes o espelho os surpreende com a revelação de algo que sempre existiu, mas de que nunca se tinham dado conta. Às vezes até um desvio de um mamilo que sempre esteve lá se torna motivo de preocupação e por isso mesmo na Up Clinic efetuamos sempre fotodocumentação prévia para termos um ponto de comparação.

A simetria matemática do corpo humano, conceptualizada nos desenhos de Leonardo da Vinci realmente não existe. Na hialoestrutura facial, por exemplo, equilibramos primariamente as proporções dos diferentes segmentos da face em busca de uma harmonização facial feita à medida de cada um, de forma completamente natural sem o complexo de tornar os lados da face iguais. As pequenas assimetrias são mesmo naturalmente bonitas!

 

 

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Sabia que pode tirar as suas dúvidas sem se quer sair do sofá? Pois, é verdade. Através do e-mail [email protected] poderá ter a resposta que precisa para o seu estado de saúde.

O tempo de resposta ao mesmo vai depender do volume das mensagens recebidas dos leitores.

Texto:  Dr. Vítor Figueiredo - Diretor Clínico de Medicina Estética - Up Clinic

 

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