Nacional
Martim Sousa Tavares

Recorda grave acidente: "Há três dias que não existem na minha memória"

Sáb, 21/05/2022 - 19:25

Martim Sousa Tavares recordou um acidente que o deixou em muito mau estado. "Recebi uma indemnização por danos físicos e morais", explicou o filho de Miguel Sousa Tavares e jurado de "Ídolos".

Martim Sousa Tavares, de 30 anos, abriu o coração a Daniel Oliveira para o programa "Alta Definição", emitido neste sábado, dia 21 de maio, na SIC. O jovem maestro, que se estreou no pequeno ecrã como jurado de "Ídolos", concurso de talentos de sábado à noite da estação de Paço de Arcos, recordou as palavras do pai, Miguel Sousa Tavares, quando este contou que ia fazer parte do programa.

"Foi a primeira pessoa para quem eu falei quando recebi o teu convite e a opinião dele é: 'Se te vais divertir, não tens razão para não aceitar'", recordou. Já sobre as polémicas referentes ao pai, Martim Sousa Tavares refere que passou a ser "absolutamente ignorante" sobre aquilo que o pai diz ou escreve. "Não lês?" perguntou Daniel Oliveira. "Não. A única forma de eu conseguir proteger-me, porque estamos a falar de alguém que, a nível político e futebolístico, irritava pessoas todas as semanas. [...] Se eu tentar defendê-lo cada vez que ele se mete numa alhada ou cada vez que alguém detesta o que ele disse, eu não vou fazer mais nada. Vou ser o guarda-costas digital dele que ele próprio não quer", explicou.

Na mesma conversa, Martim Sousa Tavares recordou ainda um acidente que o deixou em muito mau estado. "Tive um acidente muitíssimo aparatoso", recordou para depois contar que existem três dias da sua vida que não se lembra. "Há três dias que não existem na minha memória porque estive nos cuidados intensivos, creio eu que em coma induzido, porque uma senhora que ia a conduzir, num cruzamento ia a escrever uma mensagem, e não me viu a passar a passar à frente dela. Eu tinha prioridade, vinha da direita, e já ali estava e lembro-me daquela fracção de segundo quando percebi que ela não ia travar o carro, que me ia acertar", contou.

"É como se o destino viesse ter comigo e dissesse: 'agora vais pagar a fatura de teres decidido andar de mota'. Durante algum tempo pensei que o meu percurso e a minha paixão pelas motos tinha de acabar ali, até porque estive muito tempo a fazer fisioterapia no verão".

Martim recuperou a mobilidade a 100% e a mota foi para a sucata. "Recebi uma indemnização por danos físicos e morais e agarrei nesse dinheiro e fui comprar outra mota, maior ainda", disse. O jovem sempre soube que isto podia acontecer e que teve sorte se não ser nada mais grave, porém, decidiu continuar a andar de mota. "Sempre soube que isto podia acontecer, mas a moto é prática, e fiquei sempre a pensar que não queria ficar com este medo", afirmou.

Já sobre o dia em que voltou a ter consciência, Marim Sousa Tavares, recorda: "Lembro-me que estavam a fazer-me a barba, duas enfermeiras no hospital. Fui levado para São José, pelo INEM, onde fui operado à perna com dupla fractura exposta. Depois houve um caso de negligencia médica que fez com que eu ficasse com uma embolia pulmonar e foi aí que eu desliguei. Lembrava-me das coisas até ao hospital de São José e, de repente, acordo e estou noutra sala, num outro hospital com outra bata, todo entubado e foi assim uma espécie de voltar de um poço, das profundezas", contou, assumindo ter "uma imensa gratidão por estar aqui".

"Quando tive o acidente e estava no chão, vi muito sangue a sair pelo cano das calças. Percebia que tinha a perna numa posição que parecia um esparguete e achei que nunca mais ia poder voltar a andar. A adrenalina foi tão intensa que eu tentei levantar-me e caí logo ao chão", frisou.

Texto: Márcia Alves; Fotos: Reprodução Instagram e Helena Morais

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