Maria Cerqueira Gomes foi desafiada por Rui Maria Pêgo, no programa da Rádio Comercial, a responder à pergunta sobre se aceitaria o convite de Cristina Ferreira para trabalhar com ela. A resposta da apresentadora foi clara: «Não iria, porque, no fundo, não conseguiria retirar o melhor de mim ao lado daquele furacão».
A parceira de Manuel Luís Goucha admitiu, ainda, depois de uma pergunta de um ouvinte, que sente que o período de comparação entre ela e Cristina Ferreira já terminou. «Acho que sim, as pessoas que me vêem há muitos anos sabem que eu não tenho nada a ver com a Cristina Ferreira».
Na conversa com Rui Maria Pêgo, com quem trabalhou em A Tua Cara Não Me É Estranha, a apresentadora do Você na TV! assume não se identificar com o lado glamoroso da televisão. «É curioso que as pessoas vêem esse glamour na televisão, mas quem trabalha a sério na televisão, consegue perceber que é uma empresa como outra qualquer de qualquer outro setor. E eu não me deixo levar nem encantar pelas maquilhagens e pelos penteados. Se calhar, é por isso que falho um bocadinho, eu não valorizo tanto esse lado estrela e da imagem e provavelmente isso joga contra mim», afirmou a portuense.
Acompanhamento psicológico precisa-se
Recordando os primeiros tempos da sua estreia na TVI, Maria Cerqueira Gomes admitiu que foi «para o lugar que à partida todas queriam», referindo-se ao facto de ir substituir Cristina Ferreira e acrescentou que houve outros fatores que tornaram mais difícil a sua adaptação. «Tenho muitos pontos que, quem não me conhece, jogam contra: eu venho do meio que venho, sou do Futebol Clube do Porto e não do Benfica e o day time está em Lisboa. No início, recordo-me de ouvir as pessoas dizerem ‘vai para a tua terra’».
Assumindo que gosta de fazer televisão, Maria Cerqueira Gomes referiu ainda que hoje sente saudades do Porto Canal, onde se estreou em 2006. «A televisão, para mim, é equipa e a energia que se sente dentro e fora do estúdio, principalmente fora. Tenho muitas saudades disso, porque acho que as pessoas gostavam», afirmou, acrescentando: «Foi um sonho montar um canal de tv, tenho tantas saudades daquele espírito de compromisso, de empenho, de dedicação, do um por todos e todos por um, caraças. É assim que devemos acordar todos os dias, é para isso que uma pessoa deve sair da casa, para trabalhar para um sitio em que estamos a remar para o mesmo. É assim que gosto de viver a minha vida».
Ainda que se mostra mais adaptada, a apresentadora abre o coração para admitir que foi muito dura a sua vinda para um canal generalista, sobretudo pelas atenções que despertou, com todos os olhares e as expectativas depositadas em si. «Por mais segura que uma pessoa seja, mais focada, há dias difíceis e devia haver acompanhamento psicológico», revelou a apresentadora que aproveitou para garantir que está de pedra e cal na TVI e em Lisboa.
«Um dia, quero voltar para o Porto, um dia quero fazer televisão generalista com a minha base no Porto. Porque não pode estar tudo centrado em Lisboa», fez saber, respondendo então à questão sobre a possibilidade de regressar à sua terra para ser repórter. «Dizem isso como se ser repórter no Porto é como um tiro no braço. Se um dia for repórter no Porto serei muito feliz».
Texto: Rita Montenegro com Redação WIN; Fotos: reprodução redes sociais
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