Nacional
Maria Botelho Moniz

«Acho que já estou numa fase em que o amor é bem-vindo»

Dom, 09/08/2020 - 21:20

Mais de seis anos depois da morte do namorado, Maria Botelho Moniz diz-se disponível para voltar a apaixonar-se. «Acho que já estou numa fase em que o amor é bem-vindo», confessa a apresentadora.

Maria Botelho Moniz tinha 29 anos, os mesmo do que Salvador Quintela, quando este perdeu a vida num trágico acidente de mota. Estávamos em março de 2014 e a dor tomou conta da apresentadora, que ia casar-se com o namorado, em setembro seguinte, após dez anos de namoro. Desde então, sempre disse que não estava preparada para voltar a relacionar-se com outra pessoa.

Mais de seis anos depois, a agora estrela da TVI assume à TV 7 Dias que está finalmente pronta para voltar a amar. Ainda que não seja uma prioridade: «Estou voltada para a vida e para o que a vida me der. Se a vida me der trabalho, eu trabalho. Se a vida me der amor, eu amo, mas trabalho ao mesmo tempo, porque nunca vou largar o meu trabalho. Estou à espera que a vida me entregue o que é para mim», confessa Maria Botelho Moniz, hoje com 36 anos e a viver a melhor fase da sua vida profissional, ao ter sido escolhida para substituir Manuel Luís Goucha no programa Você na TV!.

Mas estará a comunicadora disponível para receber o que a vida lhe tem reservado? «Estou, claro que sim. Acho que já estou numa fase em que o amor é bem-vindo», admite à mesma revista Maria, a quem não lhe foi conhecido qualquer namorado desde a morte de Salvador Quintela.

«A minha alma morreu naquele dia»

Em janeiro do ano passado, ainda Maria Botelho Moniz estava na SIC, a apresentadora foi entrevista por Daniel Oliveira para o programa Alta Definição. Durante a conversa, recordou o momento em que soube da morte do então namorado. «Acordei por volta das 5 da manhã, sobressaltada. Sabia, era uma intuição. Nós éramos unha com carne. Senti uma dor no peito e ele não estava ao meu lado. Comecei a entrar em pânico, até que finalmente me atendeu um polícia que me fez umas perguntas muito estranhas. Depois, percebeu que eu era a namorada dele, pediu-me a descrição para ver se correspondia à mesma pessoa. Disse-me ‘Olhe, ele não está nada bem’ e desligou-me o telefone», lembrou.

«Comecei a vestir-me, peguei no telefone outra vez e atendeu-me o mesmo polícia, que me passou a chamada ao médico que o socorreu. Passou-me a um senhor que me perguntou se eu estava sozinha. Disse que sim e perguntei o que se passava. E ele disse: ‘Olhe, fiz tudo o que podia mas não o consegui salvar’. ‘Salvar de que?’ Fica-se com mil e uma perguntas a que não se sabe responder e cai-se no chão», continuou.

Naquele momento, Maria sentiu «uma dor física». «Com a morte do Salvador, senti a minha alma a morrer. É de uma violência que não sei descrever melhor do que isto: ‘A minha alma morreu naquele dia’. Soltei um som que nunca mais soltei na vida. É uma coisa que vem de dentro, é o som da alma a ser destroçada. E depois é o que se faz com isso, como se se reergue. E, nesse instante, não parece possível», admitiu.

«Lembro-me de olhar fixamente no chão, balançar e começar a dizer repetidamente: ‘O que é que vou fazer?’. Parecia que estavam a passar slides daquilo que achava que a minha vida ia ser, mas já não ia acontecer. Parei, os meus olhos encheram-se de lágrimas e a frase seguinte foi: ‘Eu quero a minha mãe’», rematou.

Texto: Dúlio Silva; Fotografias: reprodução redes sociais

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