Marco Paulo recorda como passava o Natal quando era pequeno e a felicidade familiar que havia quando os pais ainda eram vivos. Nesta entrevista exclusiva à NOVA GENTE, o cantor revela ainda quem são as pessoas para quem ainda compra presentes.
Que memórias tem do Natal quando era criança?
Tenho as melhores memórias. Lembro-me de eu e os meus irmãos fazermos a árvore de natal com um pinheiro verdadeiro, de fazer o presépio com pedrinhas e musgo, que íamos buscar ao campo. E também me lembro muito bem do meu pai a acender a lareira, e da minha mãe na cozinha a fazer os pratos e os doces tradicionais, como as filhoses e as rabanadas. Ao jantar, na noite da Consoada, comíamos bacalhau e as couves da horta da casa.
Eram natais felizes?
Muito, muito. Como todos sabem, eu não venho de uma família abastada, mas havia muito amor e eu era muito feliz.
Mas havia presentes para si e para os seus irmãos?
Sim, havia, mas não era como é hoje em dia. Nós acreditávamos que era o menino Jesus que nos trazia prendas, e não o Pai Natal. Além disso, o que recebíamos era roupa e não brinquedos. Eu e os meus irmãos recebíamos coisas de que precisávamos mesmo. Além de ser um presente, era uma coisa útil. Eu só recebi o meu primeiro brinquedo já devia ter uns sete ou oito anos. Foi uma camioneta de madeira. Mas eu adorava o Natal...
E ainda gosta?
[Silêncio] Eu gostava muito do Natal quando tinha a família toda: os meus pais e os meus irmãos. Depois, o nascimento do Marco António [afilhado] fez com que eu voltasse a festejar. Com uma criança em casa, o Natal tem outra magia e depois, como eu e os pais dele tivemos poucos brinquedos na infância, acabamos por o mimar muito. Como não tive, oferecia-lhe a ele. Desforrava-me [risos]. Além disso, as minhas fãs também lhe enviavam muita coisa…. Era uma noite encantadora, com ele a abrir as prendas.
O Marco António já é um homem. Ainda lhe oferece muitos presentes?
Não, não, já não lhe compro presentes. Ou melhor, ele compra aquilo que gosta e precisa, e depois eu ofereço. Ele está a viver em Amsterdão, na Holanda, porque está no Conservatório de Música. No ano passado, por causa da pandemia, não pode vir passar o Natal conosco. Espero que este ano, consiga, até porque vai trazer a namorada.
Já a conhece?
Sim, já.
E gosta dela?
Quem tem de gostar é ele! Mas, sim, é uma menina polaca muito simpática e muito querida, e vê-se que eles gostam muito um do outro.
Marco Paulo faz votos para 2022
A quem oferece presentes?
Às pessoas mais próximas. Aos meus funcionários, aos meus compadres e ao meu afilhado.
E como costuma ser a sua Passagem de Ano?
Em casa, desde o ano passado. Com a pandemia, não pode ser de outra maneira.
Que votos faz para 2022?
Saúde para mim, para a minha família e para todos. Não sou muito consumista e, de facto, a saúde é mesmo o mais importante.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Zito Colaço
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