Nacional
Marcelo Rebelo De Sousa

Presidente 'chuta' desconfinamento para depois da Páscoa

Sex, 26/02/2021 - 09:10

Marcelo Rebelo de Sousa defende que é preciso cautela para não deitar por terra o trabalho feito até agora. Estado de Emergência foi renovado até ao dia 16 de março.

Marcelo Rebelo de Sousa não quer que o desconfinamento aconteça antes da Páscoa. Numa declaração ao país, e já depois de ter decretado a renovação do Estado de Emergência até ao dia 16 de março, o Presidente da República defendeu que é preciso “ganhar até à Páscoa o verão e o outono deste ano”.

“Por outras palavras, a Páscoa é um tempo arriscado para mensagens confusas ou contraditórias, como, por exemplo, a de abrir sem critério antes da Páscoa, para nela fechar logo a seguir, para voltar a abrir depois. Quem é que levaria a sério o rigor pascal? É, pois, uma questão de prudência e de segurança manter a Páscoa como marco essencial para a estratégia em curso”, acrescentou.

Antes, o chefe de Estado apontou como desafio ao Governo, a quem compete agravar ou aligeirar as medidas de contenção da covid-19, “basear-se na consciência de quem decide, e não na preocupação de seguir a opinião de cada instante”, que “ora quer fechar por medo, ora quer abrir por cansaço”.

“Decidir em consciência é fundar-se em critérios objetivos e claros, como são os de indicadores da gravidade da pandemia, da pressão nas estruturas de saúde, da vacinação, da testagem, do rastreio e deve ter presentes os sinais certos a dar aos portugueses”, sustentou.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que este é um momento em que tem de haver “a solidariedade institucional e a solidariedade estratégica entre o Presidente da República, a Assembleia da República e o Governo” e assegurou que “assim continuará a ser”.

“Sendo certo que o Presidente da República é, pela natureza das coisas, o principal responsável”, reiterou.

Fotos: Arquivo Impala

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