Manuel Luís Goucha revelou, nas redes sociais, que é contra a realização da Festa do Avante, agendada para os próximos dias 4, 5 e 6 de setembro, por nos encontrarmos a lutar contra a pandemia da Covid-19. «A propósito da Festa do Avante não é que me lembrei de George Orwell: 'Todos os animais são iguais só que uns são mais iguais que outros'», lê-se.
Mais tarde, o apresentador partilhou um vídeo em que surge a gozar com o marido devido à pescaria de sexta-feira, dia 14 de agosto. «E hoje há pesca?», assim legendou o momento. A polémica estava para chegar...
«Pesca não sei, mas comentários desnecessários e propagadores de ódio nas histórias do Instagram? Isso há», escreve uma seguidora. «Censura?», responde Manuel Luís. «Não voto Chega, isso é consigo», ataca a primeira. «Nem eu», remata o marido de Rui Oliveira.
Uma outra seguidora fez questão de defender o rosto da TVI. «Era só o que mais faltava, não podermos escrever o que queremos na nossa página! Não gosta, não segue. Ponto! Felicidades Goucha», lê-se.
Mas como nas redes sociais é difícil travar este tipo de 'guerras', a mesma continuou. «Ainda bem que não vota em extremismos ideológicos e nisso concordo consigo. Pena é que ache que o partido Chega tenha ideais democráticos e valores que se coadunem com a liberdade individual e respeito por direitos humanos. Tenho algo para lhe dizer: não basta ouvir e ver o presidente desse mesmo partido. Mas continue a dar corda para que estes partidos destruam aquilo que tão dificilmente se conquistou», atira um seguidor.
«Sei o que sou e como sou»
«Caro Marcos, tenho a certeza que ainda se está a referir à minha publicação de há dois dias. Não tenho culpa das leituras que abusivamente façam da minha opinião sobre um pedido de desculpas que digo e redigo, para mim não faz sentido em nome do respeito pela liberdade individual, conquista da Democracia. Estarei sempre contra qualquer partido que anule essa liberdade em nome de um pensamento único, seja à Direita, seja à Esquerda. Sou contra qualquer totalitarismo e quem tem memória sabe muito bem por quem dei a cara em campanhas eleitorais. Sempre o fiz publicamente. Por isso divertem-me muitos comentários que me vão chegando. Sei o que sou e como sou, muito diferente do que muitos pensam que eu seja mas isso faz parte do facto de ter um oficio de exposição pública. Não deixarei nunca de dizer o que penso ainda por cima nas minhas redes sociais. Um abraço», defende o apresentador da estação de Queluz de Baixo.
«Agradeço a sua resposta e o espírito democrático terá sempre que prevalecer, mas aconselho-o a ler sobre o paradoxo filosófico de Karl Popper. Até que ponto devemos ser democráticos com quem não o é? É uma discussão extremamente importante nos dias de hoje. Não será a democracia a 100 por cento uma ilusão? Cumprimentos», responde o fã de Goucha.
«Recuso-me a olhar apenas numa direcção»
«Por isso sou de opinião que o confronto de ideias em espaço público é essencial. Não somos democráticos à esquerda com quem não o é? E claro que conheço Karl Popper. Recuso-me a olhar apenas numa direcção. Por isso também quando me falam de quanto os homossexuais sofrem em ditaduras de direita, sujeitos a prisão e até à condenação à morte, eu não posso também esquecer o quanto já sofreram em ditaduras de esquerda, sujeitos a prisão. Basta o exemplo de Cuba. O próprio Fidel [Castro] o reconheceu em 2010. Não há só vitimas da Direita também as há à Esquerda. E não podem ser apagadas da história. Por tudo isso há que pugnar pela Democracia. Obrigado Marcos aproveitei e respondi nesta ultima publicação a um outro tipo comentário que também me chegou», remata o marido de Rui Oliveira.
Texto: Ivan Silva; Fotos: Instagram
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