Luísa Castel-Branco foi protagonista de uma entrevista marcante conduzida por Cláudio Ramos. Amigos de longa data, o apresentador e a comentadora sentaram-se frente a frente e falaram sobre a «infância que dava uma história».
O «vizinho» de Cristina Ferreira tomou conta da entrevista publicada na revista da apresentadora e uma das primeiras questões que colocou teve como tema a juventude de Luísa. Quando perguntou porque razão não encontrou informações sobre esta fase da vida da amiga, a apresentadora respondeu:
«Evito falar nela. Não fui feliz na infância nem na adolescência. Foi muito difícil e marcou-me para o resto da vida. Mas também fez de mim uma lutadora».
Luísa Castel-Branco, de 65 anos, revelou que começou a tomar calmantes aos 11 anos, porque «vomitava tudo o que comia». A comentadora do Passadeira Vermelha explicou que ficou com uma «aversão total» à comida.
«Eu, que era a mais velha, tomei conta dos outros dois»
«É melhor explicar-te assim: eu, com 11 anos, comecei a tomar calmantes. Porquê? Porque vomitava tudo o que comia. Com 11 anos, não é normal», afirmou.
Nesta altura, Cláudio questionou se se trava de bulimia (um distúrbio alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de comida, seguida da indução do vómito).
«Não. Não comia e o que comia vomitava. Era uma aversão total. Uma vez, li um livro e nunca mais esqueci: 'O meu pai e a minha mãe abriram guerra entre eles e só fizeram três prisioneiros – os filhos.' Foi isto. Eu, que era a mais velha, tomei conta dos outros dois», contou.
«Alguma vez fizeste terapia?», perguntou-lhe. «Claro que sim. Por causa de tudo. A minha própria infância dava uma ótima história. Já disse isto trinta vezes e as pessoas continuam a achar que tenho um ar de dondoca, de tia e do raio que me parta», terminou.
Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Impala e reprodução Instagram
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