Nacional
Luís Aleluia emociona-se ao falar dos filhos

«Eu não viveria sem eles»

Sáb, 26/01/2019 - 18:50

Luís Aleluia emocionou-se, no Conta-me como És da TVI, ao falar dos filhos.

Luís Aleluia, o entrevistado do programa Conta-me como És deste sábado, dia 26 de janeiro, deu um testemunho emocionante sobre a sua vida, a começar por uma infância marcada pela violência e pela pobreza, pela relação de amor com a mãe e a morte do pai, passando por uma adolescência enriquecedora na Casa do Gaiato, em Lisboa, até se tornar num pai adotante e num ator reconhecido entre os seus pares.

«Vivi até aos nove anos sem saneamento básico, sem as melhores condições . Era um quarto que se dividia com o padrasto e com a mãe, onde se cozinhava e onde se dormia. Eram situações muito extremas. Ao mesmo tempo, aprender na escola que as situações não eram essas. (…) A criança aprende a mentir para não passar mal em frente aos colegas», recordou.

Sempre de sorriso sereno no rosto, acabou por se emocionar quando Fátima Lopes leu cartas escritas pelos dois filhos que tem em comum com Zita Favretto. João, hoje com 13 anos, e José, com 16, foram adotados aos cinco e 18 meses, respetivamente. Um «herói», um «amigo», «um lutador» e «o melhor ator do mundo», disseram do pai. «Eu não viveria sem eles», responde Aleluia.

João, diz, «é um menino muito criativo, tem os sonhos todos do mundo». José é um «desafio muito interessante», já que tem síndrome de Asperger, uma perturbação do desenvolvimento que afeta as capacidades de comunicação e relacionamento.

«O papel de pai é uma coisa que se vai aprendendo e apreendendo», diz. «Nestes casos de adoção, a coisa é dita em meia hora: queres? Não queres? A coisa é decidida um bocadinho a frio três ou cinco anos depois de se ter ganho o direito à adoção. É por isso que acontece muitas vezes a rejeição», explica Aleluia, que já tinha admitido que passou por esta fase.

Também a apresentadora frisou ser sensível ao tema da paternidade. «Também é difícil para mim ler estas cartas», confessou, enquanto lhe vieram lágrimas aos olhos. No final, o eterno Menino Tonecas ofereceu a Fátima uma fotografia da comunicadora com o José, captada há dez anos, durante uma visita de ambos ao Refúgio Aboim Ascensão, em Faro.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: reprodução redes sociais

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