Daniel Souza quebrou o silêncio sobre o casamento e divórcio com Luciana Abreu. O guia turístico falou pela primeira vez, em entrevista a Manuel Luís Goucha, sobre todas as acusações de violência doméstica feitas pela atriz, revelou como se conheceram, contou sobre o início de namoro, o casamento, o divórcio e fala ainda sobre alegados rituais que se passavam na casa de família quando ele não estava presente. Daniel sublinha ainda que emprestou mais de 100 mil euros a Luciana Abreu para ela comprar a casa onde vive.
Foi no dia 6 de março, que o Tribunal Local Criminal de Cascais anunciou que Daniel Souza, ex-marido de Luciana Abreu, vai ser condenado por violência doméstica numa pena que deverá ser conhecida a 4 de maio, de acordo com o Jornal de Notícias.
A entrevista foi concedida no dia antes de se saber a sentença. “Vivi um autêntico terror psicológico e acabei por arrastar uma família pacata de onde orgulhosamente sou, de um meio que é tremendamente pequeno e que as notícias fazem um eco que não faz numa cidade, que as pessoas começam a julgar na rua. Foi difícil”, começou por dizer.
Daniel Souza revelou ainda que conheceu Luciana Abreu através da agente da atriz com quem tinha uma relação de amizade. O contacto foi para entrar num videoclip pois precisavam de um jovem com ar de surfista.
O guia turístico revelou que quando conheceu Luciana Abreu houve de imediato um encantamento e que não a conhecia enquanto figura pública. Luciana Abreu convidou-o para jantar com a equipa e depois para assistir a um espetáculo. Foi aqui que os dois trocaram contactos e a relação começou. “O facto de ela ser de alguma forma genuína, uma pessoa na altura encantadora, alegremente simpática, um improviso muito saudável, sem dúvida é uma mulher bonita e eu estava livre”, justificou Daniel Souza.
Daniel Souza e Luciana Abreu tiveram relação relâmpago
Luciana Abreu e Daniel Souza conheceram-se na Páscoa e casaram-se em outubro, já com a atriz grávida das gémeas Amoor e Valentine. O guia turístico revela que foi a atriz a falar em casamento e a manifestar vontade de subir ao altar grávida. Ele aceitou, mas segundo o próprio, a felicidade durou muito pouco.
Conheceram-se na Páscoa e casaram-se em outubro de 2017 e as filhas nasceram a 23 de dezembro prematuras. “Elas foram para casa. A minha época de trabalho começa no carnaval. Pedi a um tio meu para ir lá para casa ajudar no que fosse preciso. As coisas começam a deteriorar-se em março, abril. Os problemas não vieram pós-gravidez. Eu vim a descobrir coisas pelo meu tio que viveu lá quatro meses e saiu porque não aguentou mais”, contou.
“O casamento está a correr bem, mas a partir do momento em que o meu tio entra naquela casa em final do março, eu começo a aperceber-me que se passavam coisas lá em casa. Eram feitos rituais estranhos e foi pedido ao meu tio para que não dissesse nada. Estamos a falar de rituais de queimas de folhas secas, de aglomerados e que deitam cheiro nauseabundo. Ele vivia no sotão e os cheiros iam todos lá para cima”, relata Daniel Souza.
Goucha quis saber se se tratavam de bruxarias ou magia negra? “Eu prefiro chamar-lhe rituais, há pessoas que põem flores… Quem o fazia era o núcleo duro”, assegurou referindo aos pais adotivos de Luciana Abreu.
Daniel Souza diz que emprestou a Luciana Abreu mais de 100 mil euros
Mas este não foi o único tema, segundo o guia turístico, que levou ao fim do casamento. “Houve outra que foi a questão da casa. Eu dei parte do dinheiro. Ela quis mudar de casa, disse-me que tinha entrado em conflito com o senhorio e eu disse ok. Na compra da casa é feita o contrato de promessa de compra e venda, emprestei-lhe 16 mil euros porque ela não tinha essa valor. Quando estava marcada a escritura da casa, ela vai ao banco e quando sai do banco vem a chorar a dizer que a mãe lhe tinha roubado 80 e tal mil euros”, contou para depois acrescentar:
“Ela estava grávida, estava a sair de uma casa, e eu vi-me obrigado a ajudar. Foi feito um lising de 140 e tal mil euros. Os meus pais ajudaram…”
Daniel Souza revela que emprestou o valor com a promessa de que Luciana Abreu lhe pagaria assim que tivesse o dinheiro, até porque, segundo ele, já tinha emprestado antes determinado valor e que o mesmo tinha sido pago. “Confiei. Mas até hoje nada. Não havia intenção de abater esse valor. Quando eu vinha das minhas viagens, tinha o quarto fechado, as minhas coisas estavam num canto, quando o tema dos dinheiros e dos rituais vinham havia discussão”, partilhou.
“No verão de 2018, comecei-me a inteirar que havia a ideia da parte deles que eu teria uma capacidade financeira interessante. Quando ela entrou na minha vida ela vendeu o carro, tinha as suas dívidas. Eu investi as minhas poupanças na casa. Comecei a ser descartável porque eles percebram que eu não ia ao encontro do que eles imaginavam. Quando volto a casa (depois da temporada a trabalhar fora) foi… eu passava horas e horas ao telefone com os meus pais. Entro em rutura”, assegurou Daniel.
O guia turístico assegura que nunca foi violento com Luciana Abreu. “Nunca a agredi. Houve discussões e começaram a ser mais rotineiras a partir de abril quando esses temas eram falados. Nunca usei esses termos que foram falados. Nunca houve violência física. Se formos a falar disso eu é que sofri. Houve empurrões. Sofri violência psicológica. Vivi terrosirmo psicológico. Começa na relação que eu tinha com as filhas mais velhas, elas tratavam-me por papi. O que está a ser feito com o Yannick (Djaló) é o que está a ser feito comigo”
Manuel Luís Goucha perguntou diretamente a Daniel Souza se alguma vez tnha forçado Luciana a ter relações sexuais, uma das acusações que lhe foram feitas.
“Isso é ridiculo, é uma mentira, não foi sequer aceite pelo juiz. Era ao contrário, ela queixava-se que não tinhamos relações. Hoje consigo perceber a estratégia que está a ser usada para manter a imagem dela”, sunlinhou.
O dia em que Daniel Souza saiu de casa
Daniel revelou que teve dois agentes em casa no dia em que deixou de viver debaixo do mesmo teto com a mãe das filhas. “No dia 30 de dezembro de 2018, estou a sair de casa, depois de ter estado o meses de novembro a dormir numa cave… a vergonha já era imensa. Quando estou a fazer o meu saco, deparo-me com dois agentes da autoridade, ela veio ter comigo para que eu ficasse, e eu que sempre cedi, não cedi. Ela partiu para o insulto, deu-me empurrões para ver se eu reaga”, disse.
“Em casa estava ela, a assistente e as filhas. Não sei quem chamou a polícia. Chegaram dois agentes e eu disse que estava de saída. Eles ficaram lá a aguardar. Eu saio e vou para o Norte. Nos dois três dias seguintes a minha família foi bombardeada com chamadas da parte dela. Ela pediu para eu voltar para casa, a dizer que para eu ir ao evento onde ela ia estar no Norte para que a imprensa não falasse, eu fui para dar a ideia de que estava tudo bem”, recordou.
Daniel explicou ainda como foi viver em silêncio todo este tempo. “Depois de tantas coisas horríveis que foram ditas da minha pessoa, claro que há um momento que desesperadamente chorei e gritei”, acrescentou, revelando que precisou de fazer terapia.
Daniel Souza não vê as filhas desde março de 2020
O divórcio foi a única saída para Daniel e Luciana Abreu. “Primeiro saíram as responsabilidades parentais. Logo após eu ter saído de casa tenho um email do advogado a dizer que as fechaduras tinham sido trocadas, logo estou impedido de ver as minhas filhas. O tribunal decretou que as meninas ficam 15 dias com a mãe e 15 com o pai. Consegui até março de 2020, a minha agenda de trabalho era feito com base nas minhas filhas”, contou, revelando de seguida que a pandemia lhe trocou as voltas.
“A última vez que vi as minhas filhas foi em março de 2020. Foi decidido pela juíza, sempre cumpri com tudo, o progenitor guardião tem a obrigação de manter o contacto com o outro progenitor. (…) De vez em quando são-me enviadas fotos delas desatualizadas. (…) Os dias com as minhas filhas eram muito felizes”, sublinhou.
Daniel Souza assumiu que o advogado o alertou para se reparar para o pior. “Falei agora para que a verdade se saiba e para que se ouça a outra versão. Eu continuo a ser vítima de violência psicológica”, disse, sublinhando que é inocente e acreditanto que haverá justiça.
“Com todo o respeito pelas verdadeiras vítimas de violência doméstica porque existe. Foi pedido um botão de pânico dois meses depois de eu sair de casa e foi acionado quando eu estava a trabalhar fora. No meio de tanta mentira, quem continua a seguir a mãe das minhas filhas, percebe que isto é um dejá vu, há um padrão”, garantiu, dizendo que esta conversa serviu também para que um dia as filhas a vejam.
Daniel Souza terminou a entrevista contando ainda que levou as filhas a conhecerem a avó e tia materna, com quem Luciana Abreu cortou relações há anos. “Assim que o tribunal decretou a guarda partilhada, fui contactado pela mãe e irmã para verem as gémeas e eu cedi. Eu não vou parar, eu vou lutar na justiça para que as minhas filhas tenham o direito de estar com a família materna e paterna.
Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Impala
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