Em Fevereiro, quando cobria os acontecimentos da revolta no Cairo, no Egipto, a correspondente da CBS foi violentamentwe agredida. Lara Logan viu-se separada do colega com quem estava a trabalhar e cercada por um grupo de homens que a espancaram e violaram.
Transferida para um hospital nos Estados Unidos, a jornalista esteve em recuperação até agora, altura em que acedeu dar uma entrevista ao programa 60 minutos e falar sobre a primeira vez sobre o assunto. O objectivo tentar quebrar o código de silêncio em torno dos abusos sexuais cometidos sobre mulheres jornalistas.
"Penso que a minha t-shirt e a minha camisola foram completamente rasgadas (...) A minha t-shirt estava à volta do meu pescoço. Senti o momento em que o meu soutien se rasgou... e senti quando eles desfizeram as minhas calças em pedaços. Nem sabia que eles me estavam a bater com bandeiras e paus e outras coisas porque não conseguia sentir isso. Acho que só consegui sentir o abuso sexual, a forma como eles me violaram com as mãos tantas vezes... eles atiravam o meu corpo para todo o lado, magoavam-me os músculos. E tentaram arrancar o meu couro cabeludo, atiraram a minha cabeça em todas as direções", revelou Logan, numa entrevista impressionante.
A jornalista aproveitou ainda para explicar como foi salva por uma mulher: "Só me consigo lembrar dos olhos dela, era a única coisa que conseguia ver (...) Ela colocou os braços à minha volta. Meu Deus, nem consigo dizer o que aquele momento foi para mim. Ainda não estava a salvo, porque o grupo ainda estava a tentar apanhar-me, mas já não era só eu. Depois várias mulheres conseguiram criar um muro de protecção à minha volta".
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