“Não se vai ao programa da Oprah para esclarecer o que aconteceu. Vai-se lá para pedir perdão” é o comentário mais escrito nas redes sociais sobre a entrevista de Lance Armstrong a Oprah Winfrey em que se discutiu o uso de doping durante a carreira de ciclista.
Numa entrevista gravada em Austin, Texas, terra natal do ciclista, Armstrong explicou o que fez e como fez para ganhar tudo, inclusivamente sete voltas a França.
Começou por admitir que a sua “mítica e perfeita história” foi “uma grande mentira” e que depois de mais de uma década a contestar as alegações de doping que contra ele foram sendo feitas, terá de passar “o resto da vida a pedir perdão”.
“Um cocktail de testosterona, proteínas e auto-transfusões de sangue” era a receita para “ganhar a qualquer preço”, fórmula que Lance começou a usar em meados dos anos 90.
E ainda explicou que, por causa do cancro que lhe afetou um dos testículos – com a consequente baixa de produção de testosterona – se sentiu mais à-vontade para tomar os suplementos.
De acordo com o que explicou na entrevista, se não tivesse sido o regresso às competições, precisamente em 2009, depois da batalha contra o cancro, nada disto teria vindo a público da forma e na proporção em que aconteceu.
Lance Armstrong, o super-herói que venceu a doença tomou conta da consciência do desportista que “continuou a usar o cocktail” que não fora ele que inventara – deixando transparecer que é um hábito e que o continua a ser no ciclismo – mas que ele “não fez nada para travar”.
Apesar de, durante toda a entrevista, Armstrong ter tentado justificar o comportamento que teve, acabou por admitir que o mesmo fora “imperdoável”.
Tarde demais, dirão alguns, para um desportista que aos olhos do Mundo construiu uma carreira em cima da batota.
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