O casal McCann está apostado a não deixar o desaparecimento da filha cair em esquecimento. Agora, lancaram um livro, "Madeleine", no qual Kate faz revelações chocantes.
"O Carlos anunciou o que a polícia tinha proposto. Se nós, ou melhor, eu, admitisse que a Madeleine tinha morrido num acidente no apartamento, e confessasse ter escondido o corpo e depois ter-me desfeito dele, a sentença que receberia seria muito mais indulgente: apenas dois anos, disse, por oposição ao que me esperaria se fosse acusada de homicídio. Perdão? Não tive sinceramente a certeza de tê-lo ouvido bem. A minha incredulidade transformou-se em raiva. Como se atrevia ele a sugerir que eu estava a mentir? Como se atrevia ele a esperar que eu pudesse viver com uma acusação daquelas? E mais importante ainda, estariam realmente à espera que eu confessasse um crime que eles tinham inventado, que afirmasse falsamente perante o mundo inteiro que a minha filha estava morta quando o resultado seria que o mundo inteiro deixaria de a procurar? Aquela táctica da polícia podia ter resultado no passado, mas não ia de certeza resultar comigo. Só por cima do meu cadáver", pode ler-se num excerto da obra.
O livro revela tendências suicidas e uma depressão profunda da mãe de Maddie, desaparecida a 3 de maio de 2007, na Praia da luz, no Algarve. Kate confessou ainda que depois do desaparecimento da filha perdeu totalmente o desejo sexual pelo marido: "Além do estado de choque e ansiedade, sentia a incapacidade para me permitir qualquer prazer, quer fosse a ler um livro, quer fosse a fazer amor com o meu marido" e "o medo de que Madeleine tivesse o pior destino que podíamos imaginar, que tivesse caído nas mãos de um pedófilo", explicou.
O livro vai estar à venda em Portugal a partir do dia 23 de Maio e as verbas que resultarem da venda da obra vão reverter a favor da investigação em torno do desaparecimento de Maddie.
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