Cristina Branco é uma das arguidas do julgamento da morte de Sara Carreira. A fadista responde pelo crime de homicídio por negligência, tal como Ivo Lucas e Paulo Neves.
Ontem, a artista foi ouvida pela juiza do Tribunal de Santarém, sendo que, esta quarta-feira, 25 de outubro, foi o seu ex-marido que deu o seu testemunho. Na altura do acidente, Nuno Rocha era casado com Cristina Branco e recorda que recebeu uma chamada. "Pouco tempo depois do acidente recebi um telefonema atrapalhado. Nesse telefonema do telefone da filha ela [Cristina Branco] tentava explicar que teve um acidente, disse: 'Estamos bem, por favor liga para o 112, não estou a conseguir, por favor liga já'", recordou.
E Nuno Rocha ligou para o INEM que já tinham sido informados por "mais pessoas".
A testemunha refere que tanto a ex-companheira como a filha "estavam em pânico". "Elas só me descreveram tudo mais tarde. Depois desse primeiro telefonema, falei outra vez com elas e o pânico era bastante evidente até porque tinham acabado de assistir ao segundo embate", disse à juiza.
Cristina Branco "está muito traumatizada com tudo"
E há uma frase que Cristina Branco lhe disse que este não esquece. "Tentei dar-lhes indicações, mas elas estavam em pânico, não conseguiam perceber. Há uma imagem sempre muito repetida pela Cristina que era: 'Nuno eu bati como se tivesse a bater contra uma parede'".
Cristina Branco não se lembra do que aconteceu até embater contra o carro de Paulo Neves e já foi provado por exames. "Ela sofreu algumas lesões mas o mais grave foi do foro psicológico", disse, tendo afirmado também: "Está muito traumatizada com tudo".
Além do mais, a fadista tem sofrido com ataques de pânico desde que teve o acidente. "A Cristina ficava com ataques de pânico muito intensos só de se falar do acidente".
Texto: Carolina Marques Dias; Fotos: Carlos Mendes/Impala
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