Nacional
José Maria Tallon E Raquel Broegas

Amor assumido

Sex, 17/02/2012 - 14:00

Após o divórcio e a morte do pai, José Maria Tallon redescobre a felicidade ao lado de Raquel Broegas. O casal celebrou o Dia de São Valentim em clima romântico e até já fala em noivado.

Os rumores de que José Maria Tallon e Raquel Broegas estariam de namoro já circulam há muito. O médico e a radialista nunca o confirmaram. Eram “apenas amigos que se apoiavam num momento difícil”. Ele divorciou-se e perdeu o pai. Ela apanhou um susto por “motivos de saúde”.

A vossa amizade de alguns anos, afinal, é algo mais... Afinal, chegou a algo mais.
Fomos amigos durante alguns anos. Quando nos conhecemos tínhamos ambos relações estáveis com outras pessoas e, por circunstâncias da vida, acabámos por começar a passar mais tempo juntos. Tornámo-nos inseparáveis e acabámos por passar as férias de Natal juntos, no Brasil. E, lá, decidimos namorar.

Há quatro meses, José Maria Tallon disse que procurava “o seu Sol”. A Raquel sente-se essa estrela?
Sentimo-nos ambos nas nuvens. Estou equilibrada e sinto-me Sol, sinto-me feliz!

E o José Maria como se sente?
A vida tem Sol e Lua. Ao lado da Raquel estou na fase do Sol.

Como é que os vossos filhos reagiram a este namoro?
Os meus filhos já têm algum hábito neste campo. Temos uma relação de grande proximidade e eles querem apenas que eu esteja bem.

Raquel, o seu filho Rui tem sete anos. Como é que ele vê esta vossa relação?
Para o Rui, é o tio Zé Maria. As coisas não podem ser forçadas e tudo acabará por se encaixar.

Os seus filhos também apoiam?
Não sei se apoiam. Querem ver o pai bem e interferem o menos possível. Nunca lhes perguntaria se apoiam ou não. São decisões de adultos e eu também não tenho de aprovar as relações deles.

Dão-se bem com a Raquel?
Muito bem. Daqui a um mês vamos todos de férias para o Brasil, com namorados incluídos.

O vosso namoro é sério?
Nunca se pode dizer que se está certo seja do que for. Senti certezas nos meus três casamentos e nenhum resultou. Desta vez gostava de estar menos certo e acertar. Nesta altura da vida tenho muito claro o que não quero. Vamos dar tempo ao tempo.

Está feliz ao lado da Raquel?
Muito. Não se pode dizer que vai durar um mês, um ano, dez... [Raquel interrompe, irónica] Uma coisa é certa: tenho dez anos garantidos, que é o tempo que duraram as relações do Zé Maria! As pessoas não se juntam a pensar que um dia se vão separar, mas quando já se viveram outras uniões ganha-se maturidade.

Concorda, José Maria?
Sim. Nas primeiras vezes somos ingénuos, mas a vivência garante-nos outra calma, outra sabedoria. No primeiro casamento tinha a certeza absoluta que era para sempre. E a Raquel achou o mesmo na união dela.

Que mais vos trouxe a experiência de vida quando o assunto é o amor?
Que devemos ser precavidos. Pensamos mais antes de darmos determinados passos.

Mais certeiros?
Mais certeiros, porque pensamos melhor antes de os darmos.

Recordam-se do momento, exatamente, em que perceberam que queriam ser mais do que amigos?
Não há um momento exato. As coisas aconteceram naturalmente. Foram crescendo, mas decidimos começar a namorar quando fomos ao Brasil. Já fomos para lá com a consciência de que algo mais poderia acontecer. Agora é viver o dia-a-dia, sem pensar muito no amanhã.

Que diferenças vê no Zé Maria, desde que se aproximaram no final do último verão?
Hoje, e porque temos uma relação mais íntima, descobri um Zé Maria brincalhão e divertido. É muito emotivo e perfeccionista. É este o homem que tenho ao meu lado e sinto-me muito feliz por isso.

Raquel, sente que encontrou nele algum equilíbrio?
Sem dúvida. Com ele, atingi o equilíbrio emocional de que precisava. Andei uns tempos... não sei bem especificar... talvez perdida, não seja a palavra...

Sente que nunca se está perdido, mas que de alguma forma está-se sempre à procura?
Exatamente isso. E o Zé Maria é a pessoa que esteve e está comigo em todos os momentos, principalmente em algumas das situações frágeis por que passei. O importante é que já ninguém nos tira os momentos maravilhosos que estamos a viver.

José Maria, 2011 foi um ano de perdas para si, com o divórcio e a morte do seu pai. Mas 2012 parece estar a ser feliz...
Sim, está a começar muito bem, de facto. O ano 2011 foi muito complicado, por várias razões. Não posso mentir, dizendo que o divórcio não me afetou. Mais ainda, por ser o terceiro. Pensei: será que estou enguiçado? Mas o pior foi a perda do meu pai, que só não foi mais grave porque acredito na vida depois da morte. Despedi-me do meu pai com um até logo e não com um adeus. De qualquer forma, foi muito complicado. Eu tinha o hábito de falar com ele diariamente...

À meia-noite.
Exatamente. Tomava todas as decisões depois de o consultar e quando morreu – foi uma coisa repentina e ele não sofreu – perdi algo muitíssimo importante e presente na minha vida. Tenho muitas saudades, porque, para além de ser um hábito, gostava de conversar com o meu pai, que durou até aos 83 anos com uma qualidade de vida excecional. Mas foi duro. Muito duro.

Mas houve outros percalços...
Sim. O meu filho Pepe abandonou Medicina e dedicou-se à Gestão de Empresas, o que para mim foi uma desilusão, com todo o respeito que tenho por ele. Fiquei triste porque sempre o vi como o meu sucessor. Mas este ano começou bem, profissionalmente e no campo pessoal. A família também está bem, os miúdos estão todos fantásticos. Não podia estar mais feliz.

Como é o ambiente em sua casa, quando a Raquel vos visita?
Os jantares são todos uma festa. Todos. A Raquel vem muitas vezes com o filho e realmente a casa fica logo cheia, é uma festa. Vamos dentro de pouco tempo ao Brasil de férias e vamos todos, seremos dez. É uma excursão!

Já pensaram nos passos seguintes, noivado, casamento, ou é prematuro?
Curiosamente, o noivado não existe em Espanha... Estamos em Portugal. Toda a gente sabe que sou muito mais português de coração do que espanhol. Vamos ver, porque, por enquanto não pensamos em mais nada, apenas em estarmos juntos e em estarmos bem. Não estamos precipitados, nem fechamos nenhuma porta...

E a Raquel, pensa o mesmo?
Se eu nunca tivesse casado e sido mãe, provavelmente poderia sentir algum tipo de ansiedade no passo seguinte, mas como já vivi isso não sinto nenhuma espécie de urgência. Não quero pensar nisso e como costuma dizer-se o futuro a Deus pertence.

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