José Eduardo Agualusa denunciou o caos que assistiu no aeroporto de Lisboa. O escritor vinha de Moçambique e contou o que assistiu à chegada à capital na sua página oficial de Facebook, devido às medidas de segurança contra a covid-19.
"Já sofri muito em aeroportos. Já passei por algumas situações caóticas. Nada que se pareça com o que se passou ontem, sábado [4 de dezembro], em Lisboa, à chegada do voo procedente de Maputo", começou por escrever. "Acho que nem nunca vi em toda a minha vida uma desorganização tão bem organizada. Em primeiro lugar os funcionários contratados para fazerem a triagem dos passageiros para o teste obrigatório (85 euros) eram poucos, mal treinados e muito mal informados", disse José Eduardo Agualusa.
"Embora estivesse nas primeiras filas, demorei quase três horas até conseguir sair do aeroporto. Houve gritaria, tentativas de rebelião e até de fuga, que não resultaram, porque depois do teste nos colocaram pulseiras e quem não as tinha foi forçado a voltar para trás na polícia de fronteira (fecharam as cancelas automáticas)", relatou José Eduardo Agualusa, acrescentando ainda: "Enfim, um caos total e absoluto. Filas e mais filas. Famílias com crianças. Doentes. Tudo amontoado, num desrespeito total pelos direitos das pessoas e pelas regras básicas de distanciamento e higiene num contexto de pandemia. As bagagens empilhadas num canto e, já na saída, mais filas e mais polícias para controlar, uma última vez, quem tinha e não tinha testes. Uma vergonha".
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Impala
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