Susana Lima e Diana Fialho são meias irmãs. Susana é 20 anos mais velha e cuida da irmã durante um ano, depois de a mãe biológica a ter abandonado, ainda em tenra idade. Em declarações ao Linha Aberta, da SIC, a mulher fala sobre alguns dos momentos que marcaram a infância da suspeita acusada de matar a professora Amélia Fialho.

O pai de Susana Lima e Diana Fialho trabalhou toda a vida na Alemanha e, depois de a jovem nascer, deixou-a entregue aos cuidados da mãe biológica. «O nosso pai via a minha irmã quando vinha a Portugal de férias», explica Susana Lima. Mas, ainda com meses de vida, Diana Fialho é «abandonada pela mãe». Foi então que ficou com uma outra irmã, filha da mesma mãe biológica. No entanto, a falta de condições levaram Susana Lima a tomar a decisão de cuidar de Diana. «A irmã dela, que na altura tinha 15 anos anos, não tinha condições para cuidar dela», afirma.

«Ela começou a mutilar-se»

Foi então que a assassina de Amélia Fialho foi viver para casa de Susana Lima, casada e com uma filha. Nos primeiros tempos a irmã mais nova era uma criança «calma», «carinhosa» e «preocupada com os outros». No entanto, este comportamento depressa começou a mudar, revela.

Numa fase em que a vida da jovem já estava a estabilizar, esta muda de comportamento. «O facto de a Diana ter sido rejeitada pela mãe persegue-a desde sempre. Ela nunca soube lidar com isso», diz Susana Lima, tentando encontrar uma justificação para a revolta que Diana Fialho demonstrava.

«Sempre a tratei como uma filha», conta. A mulher relata que os ciúmes que Diana tinha da sua filha acabaram por ditar algumas das desavenças. «Ela começou a mutilar-se. Chegou a pendurar a minha filha da varanda de um sexto andar.» Este seria o início de uma relação conturbada que Susana Lima recorda com mágoa. «Numa determinada fase, a Diana começou a rejeitar a comida. Quando estávamos à mesa, e ela não queria comer algo, começava a vomitar à nossa frente.»

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