Nacional
Inês Patrocínio

Das mastites ao leite materno em exclusivo, irmã de Carolina promete ser a amiga que muitas mães precisam

Qua, 15/04/2020 - 20:20

Há dois anos, Inês Patrocínio estreou-se no mundo da maternidade com o nascimento de Alice e, desde então, que fala abertamente sobre um assunto cujos mitos a preocupam: a amamentação. Agora, promete ser a amiga das mães que estão na luta por alimentar os seus filhos

Portugal conheceu Inês Patrocínio como uma das irmãs da apresentadora Carolina Patrocínio, mas hoje os seguidores têm uma razão maior para a seguir. Aos 27 anos, Inês é uma mulher casada, mãe de dois filhos e fundadora do projeto It's Not Just Milk.

Há dois anos estreou-se no mundo da maternidade com o nascimento de Alice e, desde então, que fala abertamente sobre um assunto cujos mitos a preocupam: a amamentação. Por isso, decidiu lançar uma página de Instagram que promete ir muito além de um ponto de contacto, promete ser a amiga das mães que estão na luta por alimentar os seus filhos. 

Ao lado de Pedro Rocha e Melo, que foi um apoio incondicional para Inês ultrapassar as dificuldades na amamentação, a irmã de Carolina foi novamente mãe há cinco meses. O bebé Pedro continua a ser alimentado exclusivamente com leite materno e esse é o exemplo que Inês Patrocínio quer passar a todas as mães. 

Entrevistámos esta mãe orgulhosa e segura dos seus princípios, que deixa um conselho que a própria mãe lhe passou: «Não desanimar».

Comecemos pelo príncipio: It’s Not Just Milk. Como surge a ideia para este projeto?

A ideia surgiu há dois anos, com o nascimento da minha primeira filha. Sempre soube que queria amamentar, mas nunca me tinha debruçado especialmente sobre o tema até ela nascer.

Descobri que amamentar é uma verdadeira arte, na qual a mãe e o bebé estão em constante ligação e adaptação, e que pode ser um processo muito desafiante para a mulher, tanto a nível físico como emocional. Descobri também que o aleitamento materno é uma prática que ainda acarreta alguns mitos em Portugal (como por exemplo a ideia de que há «leites fracos»), o que muitas vezes leva a decisões precipitadas.

Por isso, a informação fidedigna e o apoio de profissionais especializados desempenham um papel mesmo importante no sucesso do aleitamento materno. No meu caso específico, tenho muito consciente que ter tido apoio foi absolutamente determinante para que conseguisse continuar a amamentar a minha filha.

Então, decidi criar uma plataforma à qual as mães podem recorrer para tirar dúvidas, pedir conselhos, solicitar apoio e, muito importante também, falar umas com as outras para trocar experiências. 

Em que consiste a página de Instagram? 

A página do Instagram da It’s Not Just Milk é feita de uma mãe para outra e tem como objetivo funcionar como uma comunidade aberta para todas as mães que se interessam pelo tema da amamentação. Até para as mães que ainda estão indecisas se vão amamentar ou não. Vamos responder a dúvidas, desvendar mitos, partilhar experiências, ouvir especialistas e (também muitíssimo importante) rir juntas. 

Estamos também a trabalhar para que numa fase pós-pandemia possamos ter uma rede de apoio ao domicílio. 

O que podem esperar os seguidores do projeto no futuro?

Tenho uma surpresa especial guardada, ainda sem data. Uma surpresa pensada para simplificar e facilitar a amamentação às mães.

«Perguntam-me muito sobre dar de mamar e engravidar de novo»

A Inês é uma defensora da amamentação e tem dado o exemplo aos seus seguidores, qual é a pergunta que mais recebe? 

Tenho recebido muitas perguntas mais técnicas e, normalmente essas perguntas, prefiro sempre encaminhar para quem sabe, ou seja profissionais de saúde especializadas. Mas também me perguntam muito sobre dar de mamar e engravidar de novo.

Estamos em plena pandemia e já existem casos de mães que foram impedidas de amamentar, como reage? 

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é a de que as mães que testem positivo para a Covid-19 devem continuar a amamentar os seus bebés e que devem receber apoio para o fazerem em segurança. A Direção-Geral de Saúde (DGS) já prometeu rever as regras para o parto e amamentação.

«Com a Alice, passei por 5 mastites»

Que conselhos dá às mães que estão neste momento a lutar pela amamentação? Nem sempre é fácil, nem sempre corre bem… 

O conselho que a minha mãe me deu: não desanimar.

Toda a gente passa alguma dificuldade nos primeiros tempos. Assim como o resto da maternidade, a amamentação é uma curva de aprendizagem, uma progressão natural que consiste na adaptação do nosso corpo ao bebé

A Inês é mãe de dois filhos, quanto tempo amamentou? Passou pela "luta" de que algumas mães falam? Como ultrapassou? 
 
Amamentei a Alice até ela ter um ano. Depois engravidei do Pedro. Agora o Pedro tem cino meses e ainda está a leite materno exclusivo.

Passei por várias dificuldades das duas vezes. Com a Alice, passei por cinco mastites. Com o Pedro, já tinha mais experiência e as dificuldades foram outras. Consegui superá-las com a ajuda de três fatores muito importantes: tempo, informação e apoio de profissionais.

«O que me preocupa na amamentação são os mitos»

Considera que falar de amamentação ainda é tabu? Sente que o It’s Not Just Milk vai ajudar a ultrapassar alguns estigmas?

O que me preocupa na amamentação são os mitos que ainda existem à volta do tema. É um dos principais objetivos da INJM, desmistificar alguns deles e garantir que as mães tenham acesso a informação correta e fidedigna, para que possam seguir confiantes nas suas decisões. Claro que, em geral continua associado a alguns estigmas como o amamentar em público.

Se tivesse um altifalante e pudesse deixar uma mensagem às mães de todo o mundo nesta quarentena, o que diria?

Gostaria de dizer que vivemos tempos muito desafiantes e que as mães, em especial, desempenham um papel fundamental no equilíbrio das famílias. Proponho seguirmos o apelo do Papa Francisco e responder com um «contágio de esperança» entre nós.

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Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Impala e reprodução Instagram

 

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